quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Adeus Dunga

Adeus Dunga

O torcedor não é tolo. Vejam, por exemplo, as arquibancadas do novo estádio Engenhão, construído pelo senhor César Maia para o último Pan-Americano. Em grande parte, vazias. Preços altos ? Sim. Mas não está aí a razão determinante. A medíocre seleção de Dunga é a causa principal. Como pode o público acreditar em um time que empata em casa de zero a zero com a lanterna das eliminatórias ? E que não encontrou um esquema técnico para vencer o ferrolho defensivo do adversário? Como no verso camoniano, que Brizola gostava de citar (o rei fraco faz fraca a forte gente...), o scratch atual é o retrato de quem o convocou. Veja-se o seu desempenho. Os colunistas – e, pior, os locutores como Galvão Bueno – vivem mencionando a nossa situação nas eliminatórias, que estamos em tal lugar, mas poderíamos estar em tal outro lugar, só se vencêssemos com maior diferença de gols. Até nos comentários refletimos a básica mediocridade a que Dunga se esforça em que nos conformemos, como se fosse a nossa condição. Repito, senhor Ricardo Teixeira, o torcedor não é tolo. Não se sabe bem por que o senhor Dunga é o técnico da seleção, mas um erro comprovado não precisa ser estendido a ponto de pôr em risco a nossa classificação. Há gente que fala como se fosse biruta de aeroporto. Não se detém para pensar. Creio que não deva ser o seu caso, senhor Ricardo Teixeira, se ama – como parece – a sua presidência na CBF. É mais do que tempo de se livrar de Dunga, e de chamar alguém que tenha condições de reviver essa seleção que não é time pequeno nem coleção de medíocres sem qualquer esquema tático. E é importante, senhor Teixeira, que não se deixe levar pelas aparências. Se há coisa séria neste país é a nossa seleção. Está no interesse seu e de todos não abandoná-la à deriva, como ora se encontra.

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