Prevista para breve a divulgação de novas pesquisas sobre as posições dos candidatos às próximas eleições presidenciais. Ainda são indiscrições de fontes em geral bem informadas, mas que traçam bosquejos do quadro em que confirmadas expectativas se digladiam com eventuais surpresas.
Na floresta dos candidatos, há três imagens que avultam: o candidato José Serra, sem fazer campanha, continua no porte indisturbado dos 40% das intenções. Voeja à sua volta o moscardo Aécio Neves, que mineiramente se recusa a reconhecer-lhe a primazia partidária. A rivalidade terá efeito sobre a chapa dos tucanos ? Na aparência, sim, mas na realidade talvez não. Em se tratando de política café-com-leite, de fortes ingredientes das Alterosas, por ora o tom délfico se afigura mandatório.
Segue-se a segunda forma, que gravita em torno do presidente Lula da Silva e do situacionismo petista. Enquanto Sua Excelência permanece no alto – malgrado haja perdido mais uns pontinhos -, a sua criatura, a despeito dos ingentes esforços de Pigmalião, continua empacada. Por outro lado, o agourento índice da rejeição ameaça atingir os fatídicos 40% (o que, consoante os institutos, configura uma espécie de morte cerebral do candidato).
Saída do bolso do colete presidencial, Dilma Rousseff teima em não corresponder ao empenho de Lula. Se sobram boas intenções, falta-lhe carisma e certa empatia com os eleitores. Também a sorte lhe tem sido madrasta em outros aspectos. Conquanto seja cedo para predizer-lhe o afastamento, começam a amiudar-se nos jornais frases descrentes e ferinas, que acenam com o perigo da fritura.
Entretanto, na mata surge novo fenômeno, que chegaria mesmo a sobrepujar a anterior. Trata-se de árvore com espinhos, mas que tem formas e personalidade distintas. A candidatura de Ciro Gomes se alça no horizonte e o seu crescimento por certo não é bom presságio para a favorita do Presidente.
No pleito anterior, apesar do apoio de Roberto Jefferson, a sua performance não lhe enaltece o currículo, tendo, com 11,97% dos sufrágios, perdido o terceiro lugar para o populista Anthony Garotinho, com 17,86%. Não obstante as incontinências verbais, Ciro Gomes é candidato que merece respeito.
Completam o quadro a senadora Marina Silva (PV) e a vereadora Heloisa Helena (PSol). Marina, pela sua seriedade e dedicação ambientalista, terá sido o fator incógnito nesse processo eleitoral, que, pelo próprio surgimento, desconstruiu o esquema referendário que Nosso Guia tencionara impor ao povo soberano.
Nessa altura dos acontecimentos, semelha demasiado cedo para aventurar-se a pronunciar o óbito eleitoral – ou o corte para adequar-se às atuais insídias nas florestas de Pindorama – de qualquer uma das referidas árvores na contenda pela Primeira Magistratura da Nação.
Mas que algumas crescem mais frondosas aos olhos do Povão, lá isso crescem...
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
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