As modificações no ministério, segundo assinala o Estadão, que o presidente Bolsonaro pretende fazer, são decorrência de tentativa de sustentação politica da própria base pelo Presidente. Nesse sentido, o Centrão tem a presença reforçada, com a indicação pelo Chefe da Nação para a Casa Civil, do senador Ciro Nogueira (PI), que é presidente do Progressistas e um dos líderes do aludido Centrão.
Na dança das cadeiras, o general Luiz Eduardo Ramos deixa a Casa Civil e vai para a Secretaria-Geral da Presidência, para substituir a Onyx Lorenzoni. No entanto, para continuar com Onyx na própria equipe, o presidente decidira ressuscitar o Ministério do Trabalho e Emprego. Se Onyx, contudo, é presença constante nas formações ministeriais de Bolsonaro, o seu posto, sem embargo, nesses altos cargos, não costuma assinalar-se pela duração respectiva.
Assinale-se, outrossim, que Bolsonaro, como já assinalei alhures, tem-se afastado da postura de seus colegas de farda no passado, nos tempos da dita Gloriosa, quanto à disponibilidade da Casa Civil para militares, pois ele persiste na prática de chamar para essa Pasta a turma do verde-oliva, prática a que o próprio General Médici se recusara a fazer a seu tempo.
Mas sutilezas decerto não são o forte do atual morador do Palácio da Alvorada. Mesmo após conversar com o presidente na segunda-feira, o general da reserva Luiz Eduardo Ramos não se dera conta que seria demitido da Casa Civil em prazo curto. Nesse sentido, ele considerou a mudança política: "Se eu estivesse sendo trocado por alguém formado em Oxford , ou Harvard, tudo bem, poderiam dizer que falhei" disse o general à colunista Eliane Cantanhêde.
(Fonte: O Estado de S. Paulo)
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