sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Covid - Brasil tem recorde de mortes, com hospitais - referência no limite

     O Brasil registrou ontem 1582 mortes por covid-19, que é um récord diário de óbitos, desde o início da pandemia. O pico da crise do novo coronavírus  acontece no momento em que vários Estados se acercam do colapso dos respectivos sistemas de saúde, com o surgimento de variantes (cepas) mais contagiosas do Sars-Cov-2 e o governo federal topa dificuldades para acelerar o ritmo  da campanha nacional de vacinação. 

     Igualmente por primeira vez, seis estados  tiveram cem  ou mais registros de mortes num só dia.  Trata-se de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul , Paraná e Bahia.

     A média móvel de mortes pela doença foi a mais alta em um ano: 1150.

      Além das unidades de saúde públicas, a escalada de casos põe pressão em hospitais particulares de elite, de São Paulo, como o Albert Einstein, Sírio Libanês, Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa.

       Todos operam com taxas de ocupação superiores a 90% nos leitos de enfermaria e de UTI.

        A alta tem sido associada por médicos e especialistas aos efeitos das aglomerações e há preocupação com as consequências do Carnaval. Por outro lado, uma nova variante do coronavirus se propaga rapidamente em New York. Dotada de mutação que poderia reduzir a eficácia  das vacinas, essa nova variante se chama B.1.526 e apareceu por primeira vez em novembro,  em amostras coletadas em Manhattan (New York).

       Em meados do corrente mês, a tal variante já era responsável por uma em cada quatro sequências virais, que aparecem nos bancos de dados compartilhados pelos cientistas. Ainda em New York, a equipe científica identificou  também seis casos da variante britânica, duas  infecções com uma variante do Brasil e uma com a variante da Africa do Sul.  As duas últimas cepas não foram reportadas antes na cidade de New York, de acordo com o médico.

       Para especialistas, o surgimento repentino da mutação E484K repontou de modo independente em muitas partes do mundo, que, segundo eles, confere ao vírus uma vantagem significativa.  Nesse sentido, \vários estudos mostram que variantes contendo a mutação E484K - elas são menos suscetiveis às vacinas. Segundo Kristian Andersen: "diante do surgimento das novas  variantes, combinado com o fato de que a região de New York adquiriu uma certa imunidade depois da onda de contaminações da primavera, temos de ficar atentos", declarou o virologista do Scripps Research Institute, de San Diego.


( Fonte: O Estado de S. Paulo )

Nenhum comentário: