Congelamento e Inflação
Aqueles que viveram em época de carestia dispensam
curso de economia para saberem que medidas como congelamento de passagens (ou
qualquer outro tipo de congelamento) não é meio eficaz de combate à inflação.
A imagem pode ser fácil mas é
realista. O dragão deve ser enfrentado como o foi no Plano Real, de forma abrangente. O pontilhismo será de pouca
serventia. Assim, a tática do governo Dilma de solicitar a prefeitos que adiem
reajustes nas passagens de ônibus – assim como as determinações à Petrobrás para não atualizar a
respectiva quotação de óleo combustível - malgrado a meritória preocupação de tentar
conter a curva altista, no final de contas não produzirão o efeito desejado
sobre a inflação.Não é através do varejo que se vence esta campanha. Infelizmente, a responsabilidade de Dilma-Mantega com o ressurgimento da inflação tem muito a ver com esse tipo de atitude, em que se descura das contas e do dever de casa, pensando poder mascarar uma política fiscal com artifícios contábeis, além de privilegiar o estímulo ao consumo, ao invés de medidas para incrementar a poupança e o investimento.
Desse modo, as passagens congeladas não tardarão a derreter-se em poucos meses, assim como se desfaziam as tabelas de preços fixos de tantos planos do passado.
Retirado do frasco por medidas de pouca responsabilidade, fica difícil mandar de volta para os infernos de onde nunca deveria ter saído o gênio mau da inflação.
Caíu o assessor do Deputado Henrique Alves
Fustigado por reportagens
na Folha de S. Paulo e revista
VEJA, pediu demissão do cargo no gabinete
do Deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) o assessor Aluizio Dutra de
Almeida.
Sócio de empresa que recebera verbas
do Deputado Henrique Alves, mesmo sendo seu assessor, Aluizio deixou o cargo a
catorze de janeiro corrente. Segundo matéria da Folha, era Aluizio Dutra de Almeida quem cuidava das emendas no gabinete do deputado federal, de acordo com declaração do Ministro Garibaldi Alves Filho, primo do peemedebista.
A propósito, aduziu o Ministro da Previdência Social haver tratado do encaminhamento de verbas com Almeida, que era assessor de Henrique Alves desde 1998.
Por ora, o atual líder do PMDB, é o candidato favorito à presidência da Casa. Com eleição, prevista para quatro de fevereiro, conta ele com o apoio dos partidos da base de sustentação do governo Dilma, e inclusive com siglas de oposição.
Por sua vez, desponta no Senado Federal, aparentemente incontrastável, o Senador Renan Calheiros (PMDB-AL), para suceder ao Senador José Sarney. Longe vai o tempo em que o parlamentar alagoano perigou ser cassado.
Assim, no seu biênio de final de primeiro mandato, Dilma Rousseff deverá lídar com dois parlamentares do PMDB, que nem sempre rezam pela mesma cartilha da Presidente.
No que tange a Renan, que controla no Senado a sua chamada ‘tropa de choque’, o deputado Renan Filho é objeto de inquérito da Polícia Federal, que investiga suposto desvio de verbas para a merenda escolar da prefeitura de Murici, nas Alagoas. Como o deputado tem foro privilegiado, o caso passou em março de 2012 para o Supremo Tribunal Federal.
( Fontes: Folha
de S. Paulo, VEJA )
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