quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Trapalhadas de Trump

            O presidente Trump, metido em encontro Town Hall   mostrou atitude hesitante, sendo ridiculizado mesmo por eleitores, pelas suas expressões vazias  como o chamado favorito slogan "Maga" Make America Great Again. 

             Diante dos comentários hostis de eleitores - o senhor faz alguma ideia de o que está dizendo ? - o presidente Trump não mostrou a segurança que sói apresentar nos jardins da Casa Branca,  e as suas tartamudeantes respostas em nada faziam lembrar a empáfia de suas afirmativas, como nos ditos Acordos de Paz de  Israel com as monarquias árabes do Golfo, em uma patética tentativa de imitação do tempo dos Acordos de Paz dos Jardins da Casa Branca, em que pulsava a esperança de que, apesar de tudo, era possível  alcançar uma nova era nas relações entre Israel e a Palestina.

              Basta a aparição da figura de Bibi Netanyahu e os comparsas árabes na assinatura de um acordo faz-de-conta, para demonstrar que algo existe de muito errado na reencenação fajuta de uma famosa tentativa de Paz no Oriente Médio, que foi por certo um evento importante, ainda que por fim infelizmente malogrado...


( Fonte:  CNN )



             

              

Bolsonaro desautoriza Guedes e gera impasse

            Diante da repercussão negativa dos planos da equipe econômica de Guedes em congelar aposentadorias e pensões para financiar o Renda Brasil - o novo programa de Jair Bolsonaro para reforçar sua "popularidade" com vistas à reeleição -  o Presidente optou por cancelar as discussões sobre o programa, desenhado para substituir o Bolsa Família e o auxílio emergencial - cuja concessão pelo Presidente tanto contribuíra para elevar-lhe a popularidade na faixa da baixa renda (leia-se Nordeste).

             Pôr em risco, no entanto, o Bolsa Família e o Auxilio Emergencial -    não está nos planos do candidatíssimo Bolsonaro.  Ao recorrer ao auxílio emergencial, com o imediato resultado na sua avaliação  em terras antes de Lula da Silva, lhe terá decerto aguçado o seu apetite político. 

              Há no ar um cheiro de inflação. Os rendimentos da Fazenda estão curtos, e o Orçamento não está nem aí para que se pense factível ampliar politicas assistenciais, e que tal possa ser feito de forma indolor.

               Os choques com o chefe da área econômica se têm repetido, o que é um mau sinal, sobretudo para o lado do Palácio do Planalto, porque o selo de Chicago não é de desdenhar, e quem sairia perdendo nessa estória não seria o Guedes, mas o lado chapa branca do oficialato.


( Fonte: O Globo )                  

             

terça-feira, 15 de setembro de 2020

'Suspeita' sobre incêndios no Pantanal

 

            Demorou bastante para que tomassem corpo as suspeitas dos órgãos oficiais sobre os incêndios no Pantanal. A cautela é decerto uma qualidade, mas negar a evidência em certas situações pode representar uma mostra de fraqueza da autoridade federal. Dada a amplitude das ditas "queimadas", essa caracteriza-ção corria o risco de ser confundida com uma cegueira  voluntária da autoridade federal.

            A evolução recente ensejou que o Governo Federal reconheça a situação de emergência decretada mais cedo em Mato Grosso do Sul, por força dos incêndios florestais  que devastam o estado há mais de um mês e vem consumindo boa parte da vegetação do Pantanal.

              O ato em apreço foi publicado em portaria da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, ligada ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o que foi implementado em edição extra do Diário Oficial da União, e já está em vigor. 

                Nesse contexto, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), decretou situação de emergência em todo o Estado pelo prazo de noventa dias, por conta de "propagação de fogo sem controle, em qualquer tipo de vegetação, em áreas legalmente protegidas e não protegidas, com queda da qualidade do ar."

                  De acordo com o MDR, o reconhecimento garante que o governo estadual possa ter acesso a recursos da União para ações de socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais à população e recuperação de infraestruturas públicas danificadas.

                   Alexandre Lucas, Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, que assinou a portaria, está em Mato Grosso do Sul desde o fim desta semana.  Segundo ele, os repasses vão custear transportes, combustível e locação de  aeronaves para o combate aos incêndios. Por outro lado,  a Polícia Federal cumpriu dez mandados  de busca e apreensão  nas cidades de Corumbá e Campo Grande, nesta segunda-feira, catorze de setembro. A operação (Mataá) tem por escopo identificar os responsáveis por promover queimadas na região. Dados  do Prevfogo,  (o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos incêndios  florestais do Ibama, em 2020 mostram que a área queimada no Pantanal já passa de 2,3 milhões de hectares, sendo 1,2 milhão em Mato Grosso e mais de um milhão em Mato Grosso do Sul (a extensão equivale ao território de Israel). 

                    As investigações da P.F. recaem sobre cinco fazendeiros cujas propriedades se acham em áreas remotas do Pantanal.  Por ora, não há mandados de prisão expedidos, porém podem ocorrer prisões em flagrante nos locais onde estão sendo feitas as buscas. 

                     A suspeita é de que as queimadas em torno dessas cinco fazendas possam ter sido organizadas da mesma forma que o chamado "Dia do Fogo", no ano passado. no Pará quando fazendeiros teriam se articulado para atear fogo em áreas da floresta amazônica.

                      Nesse contexto, o chefe da delegacia da P.F. em Corumbá, Alan Nascimento, disse que os indícios são de que as queimadas realizadas nessas fazendas também foram intencionais. 

                      "Elas ficam em áreas inóspitas que, de outra forma, dificilmente pegariam fogo. Os indícios apontam que esse fogo pode ter sido proposital - afirmou o delegado.

                      O Delegado Nascimento declarou que a Polícia pretende analisar o conteúdo de e-mails e mensagens de texto enviados pelos fazendeiros e seus funcionários para averiguar se houve algum tipo de orquestração entre os proprietários para dar início às queimadas na região. 

                       Alan Nascimento disse, outrossim, que o volume das queimadas na região atrapalhou até a deflagração da Operação.  O planejamento previa que  helicópteros fossem utilizados durante a ação, mas a extensão da fumaça inviabilizou a sua utilização. 

Efeitos no Sul e Sudeste.  

                        A fumaça  das queimadas no Pantanal e na Amazônia continua a chegar às regiões do Sul e Sudeste, e podem ter efeitos similares àquele de agosto de 2019, quando o  céu de São Paulo ficou escurecido no meio da tarde , e nos recentes incêndios na California (oeste dos EUA) , quando ficou alaranjado pelos grandes incêndios florestais lá ocorridos.

                         Nesse contexto, os efeitos devem ser mais notados nos próximos dias, quando há previsão de queda na temperatura e aumento da umidade,  ainda que alterações como nascer e pôr do sol avermelhados e céu de cor leitosa já sejam observáveis. Além dos efeitos meteorológicos, eles não se circunscrevem ao aspecto estético, pois tal ação criminosa origina uma fumaça repleta de partículas tóxicas e por conseguinte prejudiciais à saúde humana.


(fONTE:  O Globo)

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Corrupção na prefeitura Crivella

           Segundo apurou o Ministério Público, a central da corrupção era operada na prefeitura do Rio de Janeiro,  durante a administração de Marcelo Crivella, pelo empresário Rafael Alves.  Dada a extensão do esquema imposto a pelo menos vinte órgãos da Administração, e as características de seu gestor, o Prefeito se curvava diante das ordens de seu suposto subordinado, a que tinha de subordinar-se e a postar-se como se fora não o chefe máximo do órgão, mas um simples lacaio do empresário, a cujas determinações não tinha o direito de contrariar,  sendo reduzido à própria expressão  de suposto subalterno, seja nas comunicações imperativas do empresário, por via oral ou escrita , como se procedesse a implementação daquela estranha hierarquia de subordinação.  Tal conformação de poder  abrangia cerca de vinte órgãos da Administração Crivella, entre os quais os setores vitais  como Saúde e Educação, e empresas como a Rioluz. 

             Estranhamente, Alves não ocupava cargo no município, mas detinha não obstante grande influência na sua gestão, indicando nomes como o do Presidente da Previ-Rio ou trocando administradores regionais. 

               Crivella - que acaba de sair favoravelmente de uma votação de impeachment na Gaiola de Ouro - busca negar as acusações levantadas.  Por sua vez, o personagem  Rafael Alves tenta refutar as incriminações, como se o Ministério Público houvesse interpretado as mensagens colhidas  de "forma enviesada".

                 Para demonstrar, se fora o caso, o caráter tosco dos meios utilizados pelo capanga do Prefeito tornado pela evidência da relação, o real chefe do esquema criminoso,  Rafael Alves guardava, escondido sob uma pilha de roupas, na sua própria casa, o seu instrumento de comando. Dentre os quatro telefones apreendidos pela Polícia Civil e o M.P. , estava o celular que fora utilizado pelo empresário em março do corrente ano, quando aqueles dois órgãos estatais realizaram operação de busca e apreensão  em marco de 2020, na residência utilizada por Rafael Alves em condomínio da Barra. 

                  Enquanto se desenvolvia a operação conjunta, o celular tocou, acionado por uma chamada - e logo de quem - do Prefeito Crivella, que ansioso, buscava colher informações sobre a operação que estava ocorrendo! Com detalhes de um giallo (romance policial) a ligação foi atendida não por Rafael - já às voltas com os braços da Lei, mas por um delegado. Ao dar-se conta que não falava com Rafael, o prefeito Crivella desligou o telefone. 

                   In totum, foram apreendidos  quatro celulares de Rafael, dos quais apenas um foi entregue de forma "espontânea".  Em veículo estacionado próximo à residência, ainda havia jóias, relógios e uma bolsa contendo cinquenta mil reais. Dadas as características, tal poderia ser "uma espécie de veículo de fuga", vale dizer, o carro que lhe desse condições para fugir do Rio de Janeiro.  A explicação dada pelo empresário era que tudo pertencia a Shanna Harrouche Garcia, sua ex-mulher e filha do bicheiro Waldemir Paes Garcia, o Maninho. 

                     A análise dos telefones celulares demonstra que, entre maio de 2016 e março de 2020, o prefeito Crivella e o empresário Rafael Alves trocaram 1.949 mensagens, o que fortaleceu as investigações, mostrando tanto a estreita relação entre ambos, a par da extensão  do esquema que está sendo revelado. A comunicação da dupla muitas vezes era cifrada, para tentar inviabilizar a compreensão de terceiros.  É de notar-se também que boa parte do conteúdo dos celulares foi apagada, mas os investigadores conseguiram recuperá-la.  

                     Dentro dos esforços da parte advocatícia de ajudar o seu cliente, o advogado de Rafael afirmou que o MP interpreta as mensagens de forma "enviesada", sem se preocupar com os esclarecimentos do cliente, que quer ser ouvido.


( Fonte:  O  Globo )

    

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Governo quer militares na Amazônia

                                                      


          Apesar de sua fraca influência até agora,  o governo Jair Bolsonaro quer as Forças Armadas no combate às queimadas e ao desmatamento ilegal na Amazônia até o fim de 2022

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Fernández perde apoio

                      

         O presidente argentino Alberto Fernández vê sua popularidade cair na Argentina.  Apesar de sua pronta resposta no início da pandemia - reação esta que nos faltou pela omissão de Bolsonaro  - fechando as fronteiras argentinas - pela rápida implantação da quarentena, pela qual salvou muitas vidas e acumulou elogios - agora outros fatores lhe batem à porta: colapso econômico, medidas intervencionistas e, por fim, de forma irônica, a alta de casos de Covid-19.

 

( Fonte: O Globo )

domingo, 6 de setembro de 2020

Brasil: quem é responsável pelas mortes? .

 

          

 

       O IBope pergunta ao Povo brasileiro a quem considera o principal responsável pela atual situação da pandemia do coronavirus ?

          Partindo da premissa de que para 71% dos entrevistados, o impacto da pandemia no Brasil foi muito pior que o esperado, coloca-se para o objeto da pesquisa - que é sempre o Povo brasileiro - dissociação funda-mental:  até que ponto é válido considerar-se a população em geral - ao lado dos governantes - como um agente em condições de assumir respon-sabilidade?

           Dessarte, dizer que a População e Jair Bolsonaro são os maiores responsáveis por esse túrgido, terrivel, tremendo mesmo número  de mortes pela Covid-19 não se trata senão de torpe tréplica a um falso, na verdade claro enigma. Para quê, Deus meu, existem governantes senão para responder aos desafios que o Destino coloca para os respectivos Povos?

              Pois Bolsonaro nunca esteve à altura desse medonho desafio que foi colocado para a gente brasileira. Em todas as respostas que dele se poderia esperar, o presidente ou não agiu - quando recusou-se a fechar as fronteiras, que é primeira reação de um Lider nacional, que busca preservar o próprio Povo, ou o que é pior, tergiversou e correu em busca de falsas reações, quase como se estivesse diante de mais uma criação da mídia.

                Dessarte, tudo o que mal começa, prossegue aos trancos e barran-cos. Que Líder é esse, cuja primeira resposta foi a inação? Seria como se mandasse vir uma salva de prata e os alvos tecidos do linho da inocência, para que de saída postule a isenção e o falso abrigo da irresponsabilidade. Não só ele chamou esta praga de gripezinha, numa postura de quem minimiza o flagelo, mas também em atitude de irresponsável mesquinhez resolveu livrar-se do bom Ministro Mandetta, que tinha na pasta da Saúde do Povo Brasileiro.

                     Ora, pois! havia escolhido um ótimo Ministro! O que faria um líder responsável? Tomaria com o empenho e a alegria do bom governante, a quem agrada sobremaneira os prestimosos e capazes altos auxiliares, e sob que melhores auspícios do que  a boa luta, ao lado de alguém que conhece e respeita o repto dessa terrível doença, que ora volta à terra brasileira, refazendo os passos sanhudos  da horrenda Peste Espanhola. Se os tempos são diversos e a porfia, com sua enxurrada de mortes, não mais avance nas trevas da ciência médica de então, mas carregada pelos anos e o avanço da ciência, possa ter o caminhar mais seguro, dispondo ora de instrumentos que vencem os ardis da morte.

                        Não se enjeita a Sorte. Os grandes desafios fazem os grandes líderes, e não há erro mais torpe de o que aquele de falhar à esperança de um Povo.

                         Acaso não parece ao leitor que o mítico número dos cem mil mortos, objeto de muitas manchetes e de muitos e muitos - e nunca demasiados - artigos de que gotejam, muito além das tímidas entrelinhas, como se fora com um peso de paralelepípedo a tosca, torpe, estúpida verdade de existências que não careciam de serem vítimas de estultas vaidades e de planos inconsequentes.

                           A política não é um jogo de irresponsáveis. Vejam o que está acontecendo com a política municipal do Rio de Janeiro. Com um governador fora do poder por determinação do STJ,  e com um Prefeito que ao invés de cuidar da Covid-19 cria métodos fascistóides para tentar impedir o trabalho da imprensa, enquanto perde o controle de suas responsabilidades, com a invasão das praias do Rio de Janeiro! Na velha Europa, a juventude desrespeita regras e põe em perigo em muitos países da Uniao Europeia os sofridos avanços no controle do coronavirus. 

                              Toda a irresponsabilidade, todo o insano afã de voltar aos bons, velhos tempos, carregam o peso da imitação de muitos erros passados e só contribuem para reviver uma epidemia que continua a avançar, como nos mostram as médias, não só com o cabo infame dos cem mil óbitos já deixado para trás, enquanto essa torpe progressão, carregada pelo milhão dos novos casos, que, quem diria, se vai por mares nunca dantes navegados, passaram ainda além da Taprobana, em perigos e guerras esforçados...   

 

(Fontes: Luis de Camões, Lusíadas; Carlos Drummond de Andrade, Fazendeiro do Ar).

sábado, 5 de setembro de 2020

De novo, a inconstitucional Censura

 

                      É triste ter pela frente a carantonha do subdesenvolvimento. Desta feita, ela está personificada pela decisão da juíza Cristina Serra Feijó,da 33ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que proibiu ontem a TV Globo de exibir qualquer documento ou peça das investigações sobre o suposto esquema da rachadinha no gabinete do senador Flávio Bolsonaro, quando exercia o cargo de deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio. Nesse sentido, a dita magistrada atendeu a um pedido de liminar dos advogados Rodrigo Roca e Luciana Pires, que defendem o senador.

         Em nota, a Associação Nacional de Jornais criticou a decisão, que considerou, a justo título, inconstitucional: "Qualquer tipo de censura é terminantemente vedada pela Constituição e, além de atentar contra a liberdade de imprensa, cerceia o direito da sociedade de ser livremente informada. Isso é ainda mais grave quando se tratam de informações de evidente interesse público. A ANJ espera que a decisão inconstitucional da juiza seja logo revogada pelo próprio Poder Judiciário".

           O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Paulo Jerônimo, igualmente repudia em nota a decisão em tela, que classificou a justo título de censura e "mais um atropelo à liberdade de expressão". E  a respeito asseverou ele: "Parece estar se tornando praxe no país a censura à imprensa, tal como existia no tempo da ditadura militar e do AI-5"...

 

( Fonte: O Globo )              

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Maia X Guedes

                 

         O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) decidiu romper relações com o Ministro da Economia, Paulo Guedes.  Nesse sentido, Maia anunciou que a partir de agora passará a tratar com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, sobre votações importantes, como a reforma Administrativa, porque Guedes proibiu o diálogo dele com os secretários da área econômica.

                Maia deu a declaração logo após haver recebido a proposta da reforma administrativa do governo das mãos do ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, que representou o Presidente Bolsonaro - que está em viagem pelo interior de São Paulo. Ali mesmo, o presidente da Câmara tornara público o novo confronto com o Ministro Guedes e, a propósito, contou que o ministro proibira integrantes da equipe econômica de dialogar diretamente com Maia.

                    "Eu não tenho conversado com o ministro Paulo Guedes. Ele tem proibido a equipe econômica de conversar comigo. (Anteontem) a gente tinha um almoço com o Esteves - chefe da Assessoria Especial de Relações Institucionais, e com o Secretário do Tesouro (Bruno Funchal) para tratar do Plano Mansueto, e os secretários foram proibidos de ir à reunião", disse Maia, em entrevista a Globonews.

                       O almoço - que seria na casa do Presidente da Câmara - acabou cancelado. "Foi encerrada a interlocução", disse ele. Sem querer dissimular a briga, Maia afirmou que suas tratativas agora serão com Ramos, mesmo em assuntos econômicos.

                        A cerimônia de entrega da Reforma Administrativa havia sido planejada pelo governo  para marcar um bom momento do relaciona-mento entre o Planalto e o Congresso.  Lá também estavam os líderes  do governo e Maia fez questão de agradecer Bolsonaro e alguns ministros, mas em nenhum momento citou Guedes.  Sem embargo, logo após elogiar tanto o encaminhamento, quanto o conteúdo da reforma administrativa, Maia tornaria pública a queda de abraço com o Ministro Guedes.

                          Indagado sobre o problema, o Ministério da Economia informou que não comentará o assunto.  Sem embargo, nos bastidores o clima é tenso com comentários de que Maia "apunhala pelas costas". Mas em conversas reservadas, alguns auxiliares de Guedes lembram que o tempo  do presidente da Câmara "está acabando". 

                             Não é de hoje que a relação entre Maia e Guedes está estremecida (a reforma da Previdência e a pandemia têm muito a ver) e nessa briga de comadres, desde abril os dois deixaram de se falar.

                              Se o chefe da Economia nunca gostou da proximidade de Maia com Mansueto Almeida, então Secretário do Tesouro. Maia, por sua vez, acha que Guedes quer afrontá-lo, ao fazer afagos ao deputado Arthur Lira (AL), líder do Progressistas e comandante do Centrão, que, vejam só, está de olho em sua cadeira na Câmara (vale dizer, a presidência da Câmara...) . Como se verifica o poder e seus cenários tendem a contri-buir quer para o maior peso dos personagens, quer para uma eventual situação que não difere muito de uma briga de comadres...

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

O impeachment e o prefeito Crivella

              

       Como o jornal O Globo assinala com oportunidade, ao longo de seus quatro anos de mandato, o prefeito Marcelo Crivella se acostumou a ver a Camara Municipal avaliar a abertura de processos de impeachment contra ele. Ontem, tal medida que deveria ser excepcional aconteceu mais uma vez (é a quarta!), e como nas anteriores, aos trancos e barrancos, o incrível Crivella acaba por sair vitorioso.

          Dessarte, a velha Gaiola de Ouro decidiu por 25 votos a 23 - e olhem que houve duas ausências - que não existia motivo válido para o prefeito ser investigado por conta dos incríveis "guardiões do Crivella", como são designados os servidores mobilizados para atrapalhar reportagens e impedir críticas de cidadãos  sobre o atendimento nos hospitais públicos, muitas vezes realizado de forma constrangedora e mesmo ameaçadora. Assinale-se que tais capangas são regiamente pagos pelos cofres públicos, como se esse tipo de missão fosse consentâneo com a democracia.

           Houve duas abstenções na votação (Thiago K. Ribeiro (DEM) e Júnior da Lucinha (PL), que se sufragassem o impeachment, dariam o voto de Minerva ao presidente da Câmara, Jorge Felippe (DEM). Como tal não ocorreu, Crivella escapou do impeachment mais uma vez.

             Durante o debate de ontem, a oposição (PSOL) usou em vários momentos a expressão "milícia" para se referir  ao grupo Guardiões do Crivella. Tem-se noção, portanto, de o que significa, como o afirmam os apoiadores desse partido das boas causas:"configura flagrante inobservân-cia dos princípios da probidade administrativa, em especial da honestidade, imparcialidade e legalidade, além de possível crime de responsabilidade".

 

( Fonte: O Globo )


Panorama da Covid-19

 

                                 Já ressoa ao longe que o limiar dos cem mil haja sido ultrapassado pelo Brasil. Agora, já estamos com 124.729 mortos, e ocupamos o descon- fortável  segundo lugar, atrás apenas dos Estados Unidos de Donald Trump.

           Recordo-me que também se temia atingir o milhão em contagiados (ou infectados), e não é que cá estamos com quatro milhões e quarenta e seis mil e cento e cinquenta novos casos?

           Para a Covid-19, como o demonstram alguns serviços sanitários das unidades federativas - notadamente alguns que padeceram sérias crises motivadas por acúmulo de óbitos - os totais podem ser revistos, diante de situações imprevistas determinadas pela evolução da epidemia em que os serviços médico-hospitalares não tiveram condições de manter o cômputo sob o devido controle - sendo por isso forçados a revisá-las, para manter a verdade estatística, como foi o caso do estado do Amazonas.

 

( Fonte: O Globo )

Nova Reforma Administrativa

 

                                                            

      Após quase um ano de seguidos adiamentos, o governo Bolsonaro apresentou, a três de setembro corrente, as linhas gerais da proposta reforma administrativa. O pacote se propõe racionalizar o serviço público e reduzir gastos com pessoal. Como seria de esperar, são mantidas as categorias de elite do funcionalismo de Estado, ao se preservar  diplomatas, militares e auditores. Por outro lado, juizes e parlamentares ficam de fora da proposta, eis que nesses casos há normativas próprias.

           O desígnio da Câmara seria votar projeto para reabrir as comissões, entre elas a CCJ, e apreciar o texto. Depois, seria instalada comissão especial, de análise do mérito, antes de a matéria descer para o plenário. Como se sabe, a aprovação requer três quintos nas duas Casas do Congresso.

 

( Fonte: Folha de S. Paulo )

     

Desmate em unidade de conservação cresce 40%

 

       

 

       O avanço do desmatamento nas unidades de conservação da Amazô-nia no último ano - que, supostamente e rationem legem, deveriam ser mais protegidas  da devastação - foi ainda pior  que na floresta como um todo.

            As perdas registradas nas áreas protegidas do bioma atingiram 1.008 km2, entre agosto de 2019 e julho do corrente ano, uma alta de 40% em relação aos doze meses anteriores. Os dados são do Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que é ligado ao ministério de Ciência e Tecnologia, e foram analisados pela organização WWF-Brasil.

             Por sua vez, os alertas para a Amazônia Legal como um todo foram de 9.215 km2, 34,5% superiores aos observados entre agosto de 2019 e julho de 2020. A devastação nas unidades de conservação (UCs) representou 11% do total e, pela segunda vez consecutiva em dez anos, superou a marca de 1.000 km2.

               Os dados em tela foram revelados em análise feita sobre aqueles fornecidos pelo Deter, que é sistema em tempo real do Inpe que faz alertas sobre desmates em curso.  Já o número oficial do desmate é fornecido pelo Prodes, outro sistema do Inpe, que sói ser divulgado em novembro. 

                  Em geral, quando saem os números finais, o Prodes revela  que a perda foi ainda maior. Nesses termos, de agosto de 2018 a julho de 2019, o Deter indicara uma perda de 6.844 km2. Meses depois, o Prodes fechou em 10.129 km2. Por sua vez, nas unidades de conservação, o Deter havia indicado desmate de 682  km2, e o Prodes apontara 1.100km2

                    Pelo levantamento do WWF, a maior parte da derrubada de florestas protegidas se concentra em dez unidades. Juntas, elas representam 86% das perdas.  A Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, no Pará lidera, com 406km2 devastados, seguida pela Floresta Nacional do Jamanxim, também no Pará, e pela Reserva Extrativa Jaci-Paraná (RO), ambas com perda de 108 km2.

                        A tal propósito aponta a nota da Organização WWF: "Esse desmatamento não é decorrente de atividades lícitas de manejo florestal ou de abertura de áreas agrícolas por comunidades locais. São derivadas de intensos processos de invasão e grilagem por grupos organizados, turbinados pela expectativa de regularização anunciada pelo governo federal, que chegou a enviar ao Congresso Nacional a MP 910 (apelidada de MP de grilagem)"

 

( Fonte: O Estado de S. Paulo )

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

O irrequieto Crivella

 

                                                       

       Bom senso se apreende?  O exemplo do prefeito Marcelo Crivella não emite sinalizações satisfatórias a respeito. Para quem penou para se livrar de um impeachment no começo do mandato, surpreeende que a lição pelo visto não haja sido bem apreendida, pois eis que o prefeito mais uma vez se mete em enrascada.

           A "ideia" do prefeito foi encarregar funcionários de seu gabinete para ficar na porta dos principais hospitais públicos do Rio, para dessarte inviabilizar reclamações de parentes de internados, ou eventuais contatos com a imprensa - no caso a Rede Globo - sempre com o desígnio de dissua- dir queixas, a par de negar a existência de problemas.

            Em outras palavras, os chamados guardiões do Crivella estavam ali na porta das casas de saúde pública para atrapalhar a comunicação, assim como evitar que transpirassem notícias que fossem danosas para a imagem do Senhor Prefeito.

              Essa maneira do prefeito Crivella lidar com a notícia tem um conteúdo repressor que vai mal com o exercício da democracia e do jornalismo, e por conseguinte é estapafúrdio que o nosso administrador citadino pense em utilizar servidores públicos (lotados em geral no seu gabinete, e com gordos salários), com o escopo de impedir reportagens em hospitais...

                Dessarte, eis que o irrequieto Crivella está de novo em águas turvas: amanhã será votada instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e a abertura de processo de impeachment contra o Prefeito.

                  Por outro lado, o Ministério Público pretende investigar o prefeito. Além disso, seis "guardiões do Crivella" foram alvo de operação da Polícia Civil.

 

( Fontes: TV Globo e  jornal  "O  Globo" )

 

       Bom senso se apreende?  O exemplo do prefeito Marcelo Crivella não emite sinalizações satisfatórias a respeito. Para quem penou para se livrar de um impeachment no começo do mandato, surpreeende que a lição pelo visto não haja sido bem apreendida, pois eis que o prefeito mais uma vez se mete em enrascada.

           A "ideia" do prefeito foi encarregar funcionários de seu gabinete para ficar na porta dos principais hospitais públicos do Rio, para dessarte inviabilizar reclamações de parentes de internados, ou eventuais contatos com a imprensa - no caso a Rede Globo - sempre com o desígnio de dissua- dir queixas, a par de negar a existência de problemas.

            Em outras palavras, os chamados guardiões do Crivella estavam ali na porta das casas de saúde pública para atrapalhar a comunicação, assim como evitar que transpirassem notícias que fossem danosas para a imagem do Senhor Prefeito.

              Essa maneira do prefeito Crivella lidar com a notícia tem um conteúdo repressor que vai mal com o exercício da democracia e do jornalismo, e por conseguinte é estapafúrdio que o nosso administrador citadino pense em utilizar servidores públicos (lotados em geral no seu gabinete, e com gordos salários), com o escopo de impedir reportagens em hospitais...

                Dessarte, eis que o irrequieto Crivella está de novo em águas turvas: amanhã será votada instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e a abertura de processo de impeachment contra o Prefeito.

                  Por outro lado, o Ministério Público pretende investigar o prefeito. Além disso, seis "guardiões do Crivella" foram alvo de operação da Polícia Civil.

 

( Fontes: TV Globo e  jornal  "O  Globo" )

terça-feira, 1 de setembro de 2020

A Flexibilização em Ipanema

 

                                

 

       Com a praia de Ipanema lotada, a prefeitura de Marcelo Crivella - sem qualquer força, seja em termos de autoridade de fazer cumprir a sua vontade - como é o caso em São Paulo de Bruno Covas - seja de antever que a disposição seria desrespeitada - só pode prometer que vai pedir a ajuda ao governo estadual, para intensificar a fiscalização da orla.

          Com efeito, a  foto de Wilton Júnior mostra a Praia de Ipanema superlotada - o que a fez  ganhar as tristemente famosas Redes Sociais. Dessarte, diante do flagrante desrespeito - na verdade, mais um penoso exemplo de irresponsabilidade coletiva, como se o Brasil não fosse o triste vice-campeão em termos de mortes pela Covid-19, a tal ponto de que a 'saída' haja sido tentar fazer passar a foto como imagem antiga - um retorno ao fake news, anterior ao atual domínio dos espaços despovoados dessa triste fase dos ermos espaços da pandemia...

 

(Fonte: O Estado de S.Paulo)                   

Treze anos de déficit fiscal

 

                      

 

      A proposta orçamentária apresentada pelo governo Bolsonaro prevê déficits entre 2021 e 23, num total de R$ 572,9  bilhões.  Segundo Bruno Funchal, o Secretário do Tesouro, Bruno Funchal, com a projeções de mercados sobre juros e crescimento da economia, e caso o governo respeite o teto de gastos até 2026, o déficit poderá estender-se até 2026 ou 2027, em sequência de pelo menos treze anos de rombos sucessivos.

       É de notar-se que o governo gasta mais do que arrecada desde 2014, ainda na gestão Dilma Rosseff.  Na prática, pelas projeções da equipe eco- nômica, o vencedor das eleições presidenciais de 2022 terá uma gestão marcada pela permanência  no desequilíbrio das contas.

        Em 2020, o rombo ficará em torno de R$ 800 bilhões por causa dos gastos emergenciais de combate à pandemia.

         Promessa da Administração Bolsonaro para a fase pós-Covid 19, o programa social Renda Brasil poderá contar com R$ 34,9 bilhões, previstos para o Bolsa Família em 2021. Como se verifica, o valor é maior que os R$ 29,5 bilhões previstos inicialmente no Orçamento de 2020.

 

( Fonte: O Estado de S.Paulo )