Cristina Kirchner ou Cristina Chávez
Frias ?
Nestor Kirchner ainda era vivo quando foi descoberta a mala com
dinheiro para a eleição da esposa Cristina. Embora as investigações tenham
avançado à maneira das terras desse continente, restaram poucas dúvidas quanto
à origem dos fundos.
Muita água já passou debaixo da
ponte, com a viúva Cristina em seu segundo mandato. Sem embargo, a munificência
do líder venezuelano se dirigia a uma aliada, e não a simpatizante ocasional.
Tanto o comportamento político da Kirchner, quanto a evolução da economia
argentina tem evidenciado, para o bem e para o mal.O verticalismo nos controles se tem incrementado. O enfraquecimento do peso tem sido monitorado não conforme as regras do mercado. Ao invés, se propõem imagens alternativas, que refletem a visão do poder mas não a realidade.
Velhas técnicas autoritárias – como a do controle do fornecimento de papel de imprensa, de que era mestre o PRI mexicano, das eleições fraudadas e da democracia de fachada – voltam a ser ressuscitadas.
Nesse contexto, a viúva busca a ordem unida nos meios de comunicação, eis que lhe desagradam as dissonâncias da oposição. Daí, a perseguição ao grupo Clarin.
Por uma série de causas – desatadas sobretudo após as últimas eleições presidenciais de outubro de 2011 – a popularidade de Cristina tem caído bastante. Não foram só os entraves cambiais às viagens no exterior, episódios de corrupção no governo, falta de sensibilidade com graves acidentes, repressão à crítica na imprensa, e até desentendimentos com a base sindical peronista, a par da elevação da carestia (a oficial é de 9%, mas a real chega 25%).
O panelaço de setembro último, com duzentas mil pessoas na Praça de Mayo, já começa a lembrar os idos de de La Rua.
Já fica complicado desmerecer de tais manifestações, como se restritas à classe média. E enquanto isso, a taxa de aprovação popular despenca de 70%, em princípios do ano, para os atuais 36%.
O
39º Ministério
A triste frase de que não
há nada de seguro no subdesenvolvimento – já citada no blog - reaparece com a
criação de mais um ministério pelo governo Dilma Rousseff. Como se 38 não
fossem bastantes, o governo petista
inventa mais um, dedicado ora a pequena e micro-empresa.
Esse gabinete inchado, ora pulverizado
em trinta e nove secretarias de estado, com todas as regalias e funções
gratificadas, margeia o mítico número dos quarenta. Tal fragmentação só
contribui para onerar os gastos correntes, e aumentar o empreguismo. Será mais
um artifício para atender à insaciável sede da chamada base de apoio
parlamentar. A inutilidade de todo esse esquema grita aos céus. Nunca foi preciso sobrecarregar os gastos correntes, nem a alçar a nível ministerial os diversos objetivos da ação estatal para que se agilize e se desenvolva a micro-empresa.
Não será através de mais cargos burocráticos de alto nível que iremos dar apoio à micro-empresa. Com efeito, há muitos setores que, na verdade, não são mais do que pretextos para a criação de ministérios, a presidência petista sempre empenhada em arranjar mais poleiros para os partidos políticos da base.
O que mais confrange nisso tudo é a pobreza da visão, é o empedernido subdesenvolvimento intelectual, é a inútil sobrecarga do Estado. Pensa-se em cargos e em benesses políticas, e não na simplificação da escandalosa burocratização na criação de empresas – grandes, médias, pequenas ou micro – com as burras exigências de uma estrutura patrimonialista, a dos cartórios, repartições, despachantes e incontáveis jornadas perdidas para consumir tempo e boas propostas e intenções – ou empurrar para a economia informal.
Conflito
de Gaza
Dadas as reais possibilidades de
extensão do conflito na Faixa de Gaza, diante da anunciada ofensiva de forças
israelenses por terra, é de crer-se que o Conselho de Segurança das Nações
Unidas avoque a questão, de forma a deter a maquinaria infernal da guerra. Nesse
sentido, existem todos os motivos para que se detenham tais forças, através da
pronta ação do Conselho.
Para tanto, é indispensável o acordo
das grandes potências, membros permanentes do CSNU, para que as hostilidades de parte a parte sejam detidas, sem ulterior
derramamento de sangue, em especial de civis inocentes.( Fontes: Folha de S. Paulo, O Globo)
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