Grupo de ex-integrantes da cúpula da Procuradoria-Geral da República pediu ontem, dia 29 de janeiro, que o PGR Augusto Aras apresente uma denúncia contra o Presidente Jair Bolsonaro por causa de sua atuação no enfrentamento da pandemia do coronavírus.
"Jair Bolsonaro sempre soube das consequências de suas condutas, mas resolveu correr o risco. O caso é de dolo, dolo eventual, e não culpa", afirmam o ex-procurador-geral da Republica Claudio Lemos Fonteles e os ex-procuradores federais dos Direitos do Cidadão Deborah Duprat, Alvaro Augusto Ribeiro Costa e Wagner Gonçalves. O documento também é assinado pelo subprocurador-geral aposentado Tarso Braz Lucas e pelo desembargador apos. Paulo de Tarso Braz Lucas e pelo desembargador apos. Manoel Lauro Volkmer de Castilho.
Na prática, a representação aumentaria a pressão interna sobre Aras, que vem sendo cobrado por colegas para agir de forma mais assertiva na investigação da atuação de autoridades frente à pandemia.
Quando a representação pública de saúde de Manaus entrou em colapso, v.g., Aras pediu inicialmente para investigar omissão da prefeitura e do governo da Amazônia. Só depois da pressão interna e de Opinião Pública, o Procurador acionou o Supremo para abrir inquérito contra o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Aras preferiu analisar primeiro as informações apresentadas pelo governo, antes de recorrer ao STF.
No documento de sete páginas, o grupo aponta uma série de condutas de Bolsonaro "reveladoras de sabotagens e subterfúgios de toda ordem para retardar ou mesmo frustrar o processo de vacinação", apologia ao uso de medicamentos comprovadamente ineficazes e a má-utilização de recursos públicos com a produção em larga escala de cloroquina e hidroxi- cloroquina pelo Exército Brasileiro.
( Fonte: O Estado de S.Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário