Às vésperas de lançar reforma ministerial que se esforçara em negar nesses últimos dias, o Presidente Jair Bolsonaro disse, nesta sexta-feira, dia 29 de janeiro, que "estuda recriar os ministérios da Cultura, do Esporte e da Pesca".
Dessarte, as contingências políticas e a consequente demagogia o arrastam, nas palavras de O Globo, dois anos depois de prometer em campanha limitar em quinze postos o seu primeiro escalão para não ceder ao "toma lá, dá cá", dos partidos, em que ele ora pretende chegar a vinte e seis!
Dessarte, a dois escassos dias das eleições para a presidência da Câmara e do Senado,, com a mudança das lideranças respectivas, Bolsonaro se sente viver sob pressão de que dê mais espaço no seu governo aos partidos do chamado Centrão. No entanto, tais partidos que são a epítome do"toma lá, dá cá", não só levantam a cabeça, mas se alçam, sanhudos que são pelo poder, alargando a sua linguagem para o que sobremaneira os caracteriza. Nesse novo tipo de relação, o Centrão quer mais, e não lhe perguntem por quê, eis que guarda na sanha e na postura a sede do poder, no que ele tenha decerto de mais cru, e diríamos quase repulsivo e revelador.
Entramos, portanto, em uma nova fase da Administração Bolsonaro e não é decerto, por acaso, que farejando de longe, aí surgem em seu horizonte os caminhoneiros, levantando os conhecidos fantasmas da sua última greve, com as consequências e os estragos que acarretara em tempos crus ainda na memória. É o sindicalismo de oportunidade que sem muitas nove horas ronda esse novo governo que já tem os seus demônios para exorcizar.
A atmosfera, portanto, incita a aventureiros de última hora, eis que se valem de muitas incógnitas, com as ruas já em rebuliço, e a sensação de fraqueza que permeia o horizonte. São horas difíceis, em que avultam cobranças por erros ainda presentes, dado o despropósito de um capitão ignorar a cruel pandemia, pensando talvez emular a um heroi seu - que hoje já está debaixo da mitológica fraude que ousou em desespero inventar!
(Fontes: As mudanças na política internacional e na brasileira )
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