sábado, 30 de janeiro de 2021

Bolsonaro promete recriar ministérios

    Às vésperas de lançar reforma ministerial que se esforçara em negar nesses últimos dias, o Presidente Jair Bolsonaro disse, nesta sexta-feira, dia 29 de janeiro,  que "estuda recriar os ministérios da Cultura, do Esporte e da Pesca".

      Dessarte, as contingências políticas e a consequente demagogia o arrastam, nas palavras de O Globo, dois anos depois de prometer em campanha limitar em quinze postos o seu primeiro escalão para não ceder ao "toma lá, dá cá", dos partidos, em que ele  ora pretende chegar a vinte e seis! 

        Dessarte, a dois escassos dias das eleições para a presidência da Câmara e do Senado,, com a mudança das lideranças respectivas,  Bolsonaro se sente viver sob pressão de que dê mais espaço no seu governo aos partidos do chamado  Centrão.  No entanto, tais partidos que são a epítome do"toma lá, dá cá", não só levantam a cabeça,  mas se alçam, sanhudos que são pelo poder,  alargando a sua linguagem para o que sobremaneira os caracteriza. Nesse novo tipo de relação,  o Centrão quer mais, e não lhe perguntem por quê, eis que guarda  na sanha e na postura a sede do poder,  no que ele tenha decerto  de mais cru, e diríamos quase repulsivo e revelador. 

        Entramos, portanto, em uma nova fase da Administração Bolsonaro e não é decerto, por acaso, que farejando de longe, aí surgem em seu horizonte os caminhoneiros,  levantando os conhecidos fantasmas  da sua última greve, com as consequências e os estragos que acarretara em tempos crus ainda na memória.  É o sindicalismo de oportunidade que sem muitas nove horas ronda esse novo governo que já tem os seus demônios para exorcizar. 

         A atmosfera, portanto, incita a aventureiros de última hora, eis que se valem de muitas incógnitas, com as ruas já em rebuliço, e a sensação de fraqueza que permeia o horizonte. São horas difíceis, em que avultam cobranças por erros ainda presentes,  dado o despropósito de um capitão ignorar a cruel pandemia, pensando talvez emular a um heroi seu - que hoje já está debaixo da mitológica fraude que ousou em desespero inventar!


(Fontes:  As mudanças na política internacional e na brasileira )

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