Ministério do Esporte
Mais um que se foi – o quinto por causa de ‘malfeitos’. Além das respectivas, não creio que muitas lágrimas serão vertidas. A nova escolha, segundo consta, não é de sumo agrado de d.Dilma.
No particular, sem exageros, peço vênia para discordar da Presidenta. Aldo Rebelo, malgrado a notória relatoria do projeto de Código Florestal, traz um perfil que pode não continuar a prática de apparatchik partidário.
Nesse contexto, está entre revelador e inquietante a disposição do estatuto do PCdoB de que os seus filiados em cargos públicos estejam “a serviço do projeto político partidário”.
Dada a utilização pregressa, no mínimo questionável, Aldo Rebelo diz que será ministro de estado e não do partido.
Por outro lado, o presidente do PCdoB, Renato Rebelo, com fala macia alude, em seguidas inserções da propaganda partidária gratuita, que se revelaram mentirosas as insinuações de desvio de recursos.
No capítulo, creio que, com o respeito devido à longa militância de R.Rebelo, seria mais oportuno aguardar o desenvolvimento da anunciada porfia do ex-ministro Orlando Silva em defesa de sua honra.
Como a C.G.U. questiona a lisura de muitas transferências para ONGs, será importante aguardar que todas as dúvidas sejam sanadas, para que então se dê o necessário realce à feliz confirmação do vaticínio do presidente do PCdoB.
A disposição do público do Enem – aquele que enfrenta os exames e as exigências regulamentares, por vezes de assustador burocratismo – se tem comprovado mais do que animadora. Com efeito, grandes são as levas de estudantes secundários que acorrem confiantes a esse enorme sucedâneo de vestibular nacional.
Sem embargo, seria de esperar que houvesse de parte das autoridades do Ministério da Educação uma contrapartida à altura de tão jovem e meritório esforço.
Infelizmente, não é o que se vê. A confirmação do sempre loução ministro Fernando Haddad esteve algo claudicante com a sucessora do Presidente Lula.
No penúltimo episódio dos erros que infestam a aplicação do Enem, a par do puxão de orelhas, o Ministro Haddad teve as férias interrompidas, para que melhor cuidasse da questão.
Pelo visto, o dever de casa continua a ser feito de forma insatisfatória, com novo vazamento de quesitos, agora em colégio do Ceará.
Seria como, após tanto denodado estudo, o esforço estudantil tivesse uma dúbia e injusta paga. Pairam ameaças de cancelamento do exame, em função de ações do Ministério Público.
Apesar dos iterados escândalos e da consequente incerteza, não provém do alto paço do Senhor Haddad resposta condizente com a situação. Ao invés dessa benévola e simpática negligência, Sua Excelência não pretende mudar seu programa de pré-candidato à Prefeitura, e por isso deixa o trato do assunto entregue aos subordinados em Brasília.
Aliás, pululam as evidências ao longo dos últimos anos que a atenção do Ministro Haddad não semelha excessivamente dedicada aos recorrentes problemas do Enem, que não logra desvencilhar-se de sucessão de mazelas.
A despeito, assim, do seu proclamado brilho acadêmico, ele não parece ainda em condições de assegurar burocrática e serena realização dos ritos de passagem do estudo secundário ao universitário.
Tudo indica que é mais do que tempo de abandonar essa dúbia via dos remendos, e repensar a aplicação da prova ideada por Paulo Renato Souza, de modo a que enfim logre adentrar no remanso de eficiência e discrição profissional.
Outra coisa não desejam os seus milhões de inscritos.
( Fontes: O Estado de São Paulo, O Globo )
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