Parceria estratégica ?
A Presidente Dilma Rousseff dedicou os dias cinco e seis de outubro a uma visita de caráter sentimental à Bulgária, terra de seu pai, Pedro Rousseff (1900-1962). A diferença entre a Bulgária, um dos países mais pobres da União Europeia e o Brasil, não é pequena.
Nas diversas guerras balcânicas em que esteve envolvida, teve a má sorte de acabar no lado perdedor. Na agonia do Império Otomano, o exército búlgaro, por chegar atrasado à Salônica, no que é hoje o norte da República Helênica, foi ultrapassado pelos gregos na conquista da região. Fala-se na Bulgária e logo se tem presente a terra do iogurte. Em área de 110 mil km2 (mais ou menos o tamanho de Pernambuco), população de sete milhões e um PIB de R$ 90 bilhões, quando o Presidente Georgi Parvanov se reporta a uma ‘parceria estratégica’, a pergunta fica no ar, e dupla: ‘parceiros ? e em quê ?’
Como parentes pobres da bem-sucedida filha de Pedro, a cidade interiorana de Gábrovo, no norte búlgaro, chegou a pintar prédios para receber Dilma. Dentre a parentela a mais próxima é Tóshka Kovátcheva, viúva de um primo, que a aguarda, ansiosa, e com frase decorada: “Bem-vinda à Bulgária. Amo você como uma parente muito próxima”.
Dadas as disparidades da sorte e a condição muito humana, Dilma Rousseff há de carecer de muito jogo de cintura.
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