O escândalo da prisão indefinida de Aung San Suu Kyi
Mais uma vez continua a farsa da prisão indefinida a que a junta militar de Myamar submete a líder da oposição Aung San Suu Kyi. Os protestos internacionais, as gestões de funcionários da ONU, não nos devem iludir quanto à indiferença das grandes potências em permitir a continuação dessa pantomima.
O regime militar corrupto e assassino não levaria tão longe o cínico desprezo da justiça e da democracia se não gozasse do cúmplice silêncio da República Popular da China e da União Indiana. Dado o arremedo de política de não-intervenção, esses dois países têm a sua quota de responsabilidade na continuada opressão do povo birmanês.
A política de isolacionismo extremo da junta castrense não conhece limites. Pelo xenofóbico medo da junta ao contágio democrático, os militares chegaram ao ponto de recusar a ajuda humanitária estrangeira, com grave prejuízo para a população abandonada e sem recursos, por ocasião da última catástrofe climática.
O presente ‘processo judicial’ em que Aung San Suu Kyi é julgada por supostamente desrespeitar as regras de sua prisão domiciliar reúne todos os elementos do escárnio e do desrespeito aos direitos humanos que imaginar-se possa.
Nesse arremedo de processo se insere a estranha aparição do americano John William Yettaw na casa da líder política. Tal irrupção se afigura demasiado favorável aos desígnios da ditadura militar para que não pareça descabida a suspeita de eventual conluio.
Aliás, em termos de conluio, com o atroador silêncio das grandes potências, a pobre filha do herói birmanês Aung San aguarda a continuação do dito julgamento na próxima sexta-feira, cinco de junho. Ao cabo da farsa, é penosamente provável que a causa da justiça volte a ser enxovalhada, e a cruel detenção de Aung San Suu Kyi uma vez mais prorrogada.
Coronel Fanfarrão desafia a debate ex-intelectual, mas depois se arrepende
O Presidente Hugo Chávez desafiou a 29 de maio o escritor Mario Vargas Llosa “e outros intelectuais de direita” a participar, no programa Alô Presidente, de debate ao vivo. Talvez o coronel não contasse com a aceitação do chamado ‘ex-intelectual’ por seu Ministro da Cultura, ou, o que se afigura mais crível, amarelou.
Por isso, deu o dito por não dito, dizendo que Vargas Llosa, o ex-chanceler Jorge Castañeda e o também mexicano Enrico Krauze debateriam com ‘intelectuais socialistas’.
O recuo do coronel fanfarrão trai uma certa insegurança acerca da força de sua argumentação bolivariano-socialista.
Barrada da Celebração do Dia D, a Raínha da Inglaterra se Irrita
Está prevista para o próximo dia seis de junho a comemoração na França (Normandia) do 65º aniversário do Dia D. Divulgada a notícia de que compareceriam, a convite de Nicolas Sarkozy o Presidente Barack Obama e o Primeiro-Ministro Gordon Brown, provocou espécie no Palácio de Buckingham (e no Reino Unido) que a Rainha Elizabeth II não houvesse sido convida. Afinal, a soberana, de 83 anos, é a única Chefe de Estado viva a ter prestado serviço militar durante a Segunda Guerra Mundial.
Elizabeth II está indignada diante dessa desatenção. Os tabloides britânicos noticiaram amplamente a respeito e o Palácio de Buckingham, de forma bastante sintomática, fez questão de não desmentir.
Tudo leva a crer que seja mais uma trapalhada do Primeiro Ministro Gordon Brown. Se de resto buscarmos responsáveis pela omissão do convite real, de acordo com a velha regra cui prodest ( a quem aproveita) o principal suspeito será Brown, embora não se exclua Nicolas Sarkozy.
Tropeço dos reservas do C.R.V.G. em Campo de Grama e Areia
A torcida vascaína não está satisfeita com a decisão do técnico Dorival Júnior ao pôr em campo na partida contra o Paraná, pela Série B, um time de reservas. Em má hora, o técnico reedita estratégia que no passado se mostrou desastrosa.
Com efeito, no campeonato brasileiro do ano passado, Renato Portalupi, que naquela época dirigia o Fluminense, optou por escalar sistematicamente reservas para as partidas na Série A. Isto era feito para poupar o time titular na sua campanha pela Libertadores.
Em resultado, como se sabe, o Fluminense despencou na classificação na série A, ficando por bastante tempo na zona de retrocesso. Entrementes, o esquema tampouco funcionaria para a Libertadores, terminando com surpreendente eliminação.
A despeito de advertido dos riscos dessa manobra, Dorival colheu apenas – é verdade que com a determinante colaboração do juiz Wilton Pereira - melancólica derrota por 3x1 contra o fraco Paraná (que tinha somente um ponto ganho).
É lamentável que a ótima campanha até agora do Vasco da Gama seja interrompida. Dorival Júnior pode dizer que a competição é longa, mas a perda da invencibilidade afeta a confiança dos jogadores.
Não creio que tenha sido a maneira mais adequada de lidar com o calendário. Apesar da importância da Taça do Brasil, a óbvia prioridade do CRVG está na campanha pelo pronto retorno à série A.
Sinceramente desejo que a torcida vascaína – que tem dado tantas manifestações de apoio à equipe – tenha motivos para esquecer muito em breve essa desastrada opção.
domingo, 31 de maio de 2009
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