segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Política econômica não traz confiança

Em manchete da Folha de domingo se desvela o fato político de que a política econômica do governo não infunde confiança ao meio empresarial. Surpreende que a administração a cargo do Ministro Guedes, com a sua chancela da prestigiosa Chicago não contribua parq criar uma ambiência de otimismo, que faz parte de uma vestimenta que parece a adequada para enfrentar os dissabores e as dificuldades de uma economia voltada para realizações e não dissabores. Nesse contexto, surpreende igualmente que sob a liderança de alguém saído dessa prestigiosa universidade de Chicago, como é o ministro Guedes, se assinale que o grau de desconfiança seja maior no varejo. Com efeito, mais da metade das empresas brasileiras afirma que a falta de confiança na política econômica do Governo constitui um dos principais fatores que tendem a influenciar negativamente a expectativa de negócios a curto prazo. Sondagem realizada pelo IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da F.G.V.) mostra que o grau de desconfiança é maior no varejo, em um setor qm que quase 70 % citam o problema. A insegurança e consequente falta de confiança na política econômica do Governo constitui um dos fatores básicos que tendem a pairar como uma sombra sobre a expectativa de negócios a curto prazo. Esse temor terá muito a ver com a inconsequência do governo sob a liderança de Jair Bolsonaro, que já chegou a contrariar posturas básicas do Ministro da Economia. O que se definiria como o pavio curto do governante poderia estar na raiz da questão, eis que a sensatez e o respeito a realidades básicas constitue uma condicionante desse problema da credibilidade. Dessarte, para que a relevância da questão não se perca no contexto, o grau de desconfiança pública pode chegar a aproximadamente quase setenta por cento. Mas tal falta de credibilidade se reflete também quanto à indústria (43%), e em termos de construção civil e serviços seriam de 46% e 48%, respectivamente. Sem embargo, e malgrado os pressupostos pessimistas, cerca de 68% dos consultados vislumbra melhoria do cenários nos vindouros seis meses :em tais condições, cabe à liderança outra linguagem.Como o aut aut se configura - ou o Governo Bolsonaro realiza algo, ou não, é inegável a necessidade que As reformas têm de deslanchar. Precisam sair do papel e do campo teórico e ir para o campo prático." Em outras palavras, carecem de sair para a realidade das atividades fabris e deixem a condição de sonhos e de pretensões, para que possam ter condições de representar uma realidade que até agora não é visível para o comum dos mortais... ( Fonte: Folha de S.Paulo )

domingo, 25 de outubro de 2020

Amazônia - policiamento coordenado é indispensável para a repressão ao crime organizado.

Se os grandes números impressionam,também a repressão ao crime organizado. Há uma colossal exigência para cortar a desenvoltura do crime organizado no chamado Inferno Verde, que pelo seu desguarnecimento se transforma para as massas de ilegais em uma espécie de aberto paraíso sem-fronteiras. Conforme se verifica pelo exito das operações, há um óbvio "clamor silencioso", para que se efetivem - e de forma regular e não assintomática e descontínua - a repressão sem peias - mas dentro da Lei, com vistas a fazer com que brilhe o gládio da Legalidade e da preservação da Amazônia,e não como terra do crime e de renegados, e sim como o futuro verde do Norte Brasileiro, transformado em espaço útil e produtivo, fonte de impostos e tributos legais. No momento, não há uma diferença qualitativa - exceto, é logico, nas fímbrias urbanas que aparecem nos enormes espaços verdes que dão a tônica visual. Em outras palavras o que a Hillea do Barão Alexander von Humboldt (1769-1859) terá significado para o filósofo e cientista alemão, já se conhece pelos seus registros sobre a Amazônia, imensa região então portentosa pela força da imensa planície verde que, soberana, se estendia no espaço amazônico. Se surpreende o feito do cientista germânico, ao explorar no sentido geográfico, a descomunal planície e a sua conformação, também surpreenderá que, dispondo das vigias dos satélites a Amazônia persista em uma terra que continua - com a estridente exceção da atenção crescente que essa grande região, talvez a maior herança colhida do destemido explorador luso, que se lhe dominou o mistério e os segredos da pluralidade amazônica, não poderia ter empolgado o desafio desse Inferno Verde - que hoje, como ontem, clama para o gigante Brasil continuar a deter no seu topo esse imenso desafio à nossa civilização (no sentido - é lógico - daquele fornecido pelo repto civilizacional, que no exemplo de Arnold Toynbee, deveria nortear a filosofia do governo do Brasil. Na coluna de Miriam Leitão se levanta a ponta desse imenso lençol que permite o encadeamento das operações criminosas, e que não deveria constituir um processo sem regularidade, sem método e sem continuidade, como costuma acontecer no presente. Devemos preservar a Amazônia ? O Sim da resposta não poderia ser mais enfático e estentórico. Não se pode deixar aos sobressaltos do acaso as operações de Estado voltadas para preservar tanto esse imenso Espaço Verde, mas também para ensejar o controle dessa imensa planície florestal. A Amazônia não mais pode constituir uma espécie de gigantesca res nullius, um espaço florestal da selva que só parece ser penetrável pelo crime organizado, como no recente episódio da Reserva Biológica de Maicuro, entre os municípios de Santarém e Itaituba, que motivou operação de nove a treze de outubro. Em local - a que o nosso exército foi pelo ar, dadas as condições havidas como totalmente inóspitas e de dificil acesso. E lá, pela oportuna presença do poder estatal - que é o grande ausente no Inferno Verde - a ação conjunta da Força Aérea, Polícia Federal e o próprio Ibama. Através dessa missão, com a presença da Polícia Federal e do Ibama foi possível destruir quinze motores estacionários de garimpo. Para que a presença do Estado seja mais efetiva e atuante, os satélites não devem ser encarados como brinquedos de um jogo assistemático de esconde- esconde. O Estado não mantém fortunas na sua manutenção por um capricho. É necessário desenvolver uma nova política não só de exploração, mas também de efetiva presença dos olhos e da realidade física de um Estado que não pode permitir que o crime organizado se locuplete com as riquezas da Amazônia - eis que elas pertencem à Pátria brasileira abandonar ao crime organizado o privilégio de sua zelosa presença por essas incontáveis léguas, eis que elas não surgiram do nada, mas pelo braço forte dos exploradores e dos indômitos representantes do Estado, como Bento Teixeira, que podiam assustar aos representantes dos vizinhos espanhóis, mas que pela sua coragem e força não encontravam barreiras - nem sequer diante dos servidores de el-Rey de Espanha. A Amazônia não conforma por acaso a nossa geografia. Devemos, no entanto, ter sempre presente que tanto a Amazônia, como tantas outras extensões que hoje podem suscitar a cobiça do estrangeiro, não aparecem por acaso no impávido desenho do gigante Brasil na América do Sul. E será tendo essa sagrada missão bem presente, que devemos ter um Ministério do Meio Ambiente que defenda os nossos rios, as nossas regiões naturais, os seus inúmeros fenômenos da vegetação, da floricultura e dos congresos animais, de que os espécimes devem ser preservados, em se criando condições - não através de "queimadas" e de incêndios dolosos florestais, como tudo leva a crer se tentara implementar no Pantanal e na propria Amazônia, nessa pouco santa aliança de um Poder Estatal que tropeça na implementação do braço duro da Lei que deve punir os incendiários de nossas florestas e de outras formações vegetais que devem ser preservadas, porque abrigam espécies animais de que nos orgulhamos, e a que devemos respeito - respeito esse que começa pela autoridade que não ignora os próprios deveres, nem busca por escusas que não escondem uma fraqueza inadmissível,em se tratando de representantes do Estado. Os nossos antepassados nos honram pela coragem indômita que demonstraram na capacidade de manter e preservar espaços territoriais, que na época excitavam a cobiça de nações mais poderosas em forças - além da audácia a da hombridade que demonstravam para quem, porventura, quisesse pô-las em dúvida. Não foi decerto por acaso que o traço de nossas fronteiras é engrandecido pela grande hiléa amazônica, explorada e admirada por grandes amazônidas. Recebemos de gerações desconhecidas que nos antecederam a dádiva única que a Hiléia constitui. Não é por acaso que sustentamos esse grande desafio do torrão amazônico, que é a base de nosso empenho climático, e um enorme espaço que nos incumbe magnificar não pelas queimadas e pelas incontáveis agressões a esse dito Inferno Verde, que na verdade não é por acaso que ele informa as cores do pavilhão nacional. No tempo dos satélites e da alta tecnologia, não permitamos que maus brasileiros desvirtuem os ideais de nossos antepassados, e que se esqueça o sangue que foi vertido por heróis, conhecidos ou não, para que a brasílica terra se estenda do Oiapoque ao Chuí, e que cada torrão seja preservado pela gente que não deve olvidar que se o Brasil - Colônia, Império ou República - é um gigante, ele o é pela própria Natureza, e assim devemos agir, para que jamais se apequene o que já nasceu grande, e como tal se comporta no respeito generoso da Lei e da Ordem, nesse grande concerto de Nações, de que constituímos país que não só é soberano, mas que age como tal, no respeito da Lei e da Paz de nosso mundo, vasto mundo, digno representante de um Povo que não só é grande, mas que age como tal, no livre concerto da América do Sul. e das riquezas minerais e botânicas do chamado Inferno Verde Fontes: O Globo, artigo de Miriam Leitão, Brockhaus (dic. enciclopédico)

sábado, 24 de outubro de 2020

Os radicais do governo Bolsonaro querem demitir o gal. Ramos

Se passarmos a lupa pelos grupos que querem demitir o general Luiz Eduardo Ramos, Ministro da Secretaria de Governo, não é que logo surgirá quem destoa no Ministério do Meio Ambiente, Ricardo Salles... Segundo assinala a Folha de hoje, 24 de outubro, "as críticas públicas feitas pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ao ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, são amparadas pelos filhos de Jair Bolsonaro (sic!)", e fazem parte de estratégia do núcleo ideológico para convencer o presidente a trocar o respon- sável pela articulação política do Governo. Diz muito da situação interna do Governo Bolsonaro, que o Ministro Salles (o "passando a boiada", segundo o dito Ministro a quem Bolsonaro colocou no Meio Ambiente), logo esse senhor que ora nesta sexta-feira ousa citar nominalmente o dito general Ramos nas redes sociais, e inclusive pedir ao militar que parasse com uma postura de "maria fofoca". Para contextualizar a crise com a ala militar do governo em decorrência do escândalo diante da insolência do ministro do Meio Ambiente, se deve ao episódio já bastante conhecido da falta de recursos do Ibama, e que contribui para expor o atrevimento da ala radical do Governo Bolsonaro. Com efeito, Ricardo Salles chegou a declarar que, sem dinheiro, brigadistas interromperiam atividades de combate a incêndios e queimadas. Nesse sentido, a decisão do Ministro Salles - que visa a afastar o general Luiz Eduardo Ramos - contaria com o apoio do vereador Carlos Bolsonaro e do deputado federal Eduardo Bolsonaro... Embora os rumores palacianos propalem que a estrela de Olavo de Carvalho, o guru presidencial, já não brilhe com a força de antes, o residente nos States também se empenharia no afastamento do general Ramos... No clima de Corte que informa a ambiência nos palácios de Brasília, o paladino Salles na sua investida contra o Ministro General Eduardo Ramos pensa que lhe basta o apoiamento da ala ideológica. Pode ser um ledo engano, mas por ora Bolsonaro, na Corte de Brasília, faz acenos aos dois ministros. Chegou com o general Ramos no seu carro para a cerimônia do caça Gripen (Salles estava na plateia da Corte). Por sua vez, como é seu feitio o vice Hamilton Mourão, ao ser questionado pelos repórteres, disse: " isso não passa por mim (a divergência entre os ministros): os ministros são do presidente e eu não me meto nessa guerra." Não se pode descontar, segundo assinala a Folha,que o nome de Ramos "ainda é forte entre os congressistas". Também Ricardo Barros, lider,na Câmara, do Governo, usou uma rede social para manifestar apoio ao General Ramos. Na atmosfera de Corte que prevalece nos círculos próximos ao Presidente a valsa continua. O mais interessante é que o candidato a substituir Ramos, em conversas com aliados Fábio Faria, ministro das Comunicações, tem sinalizado a aliados que não pretende assumir o posto e que apóia a manutenção do general Ramos... Segundo assinala a matéria da Folha, a disputa entre militares e ideológicos era frequente no início da atual gestão Bolsonaro, mas passou por um certo arrefecimento no correr desse ano de 2020... (Fonte: Folha de S. Paulo)

Prefeitura do Rio: cresce Martha Rocha (PDT)

O desempenho e sobretudo o curriculum da Candidata Martha Rocha, segundo noticia O Globo, tem causado preocupação em dois candidatos de primeira linha da eleição para Prefeito no Rio de Janeiro. O que inquieta tanto ao front-runner Eduardo Paes (DEM) quanto ao atual prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), são circunstâncias dos próprios curricula, se dermos a essa expressão uma amplitude maior... Crivella teme ficar de fora do segundo turno, por causa de sua popularidade haver diminuído bastante (V. episódio guardiães do Crivella, assim como os processos de impeachment a que foi submetido), sem falar das acusações de corrupção, enquanto Eduardo Paes (DEM) tem muito a explicar em termos de questões de corrupção, inclusive com processo pendente na Justiça. Como assinala o artigo de O Globo de hoje, Paes vê Martha Rocha em um segundo turno como adversária mais difícil de enfrentar, devido a seu baixo índice de rejeição (traduzido em miúdos) um osso mais duro de roer, dada a sua ficha limpa, com a fama inclusive de linha dura contra a corrupção. Há outros candidatos nesse prélio relativamente fortes- como o candidato Luiz Lima -, mas tudo indica que apesar dos ataques contra Paes (por causa de processos ligados a corrupção, assim como um filmeto com denúncia contra Paes em juízo), no parcial julgamento do primeiro turno, Crivella, pelo baixo desempenho, e pelos obstáculos bastantes de ordem jurídica de que já colheu de seus adversários, se aproxima da metáfora perfeita em termos do provável doomed candidate,(condenado, sem trocadilho por ora). Nessas condições, Martha Rocha seria a pule com chance séria de validade para o embate no segundo turno contra o experiente Eduardo Paes... Se chegarmos a tal situação num segundo turno, se configuraria até a possibilidade do impossível... (Fonte: O Globo)

Coronavirus: judicializar a vacinação ?

        Dentro do cenário político atual, parece-me de muito bom alvitre a sugestão do presidente do STF, Luiz Fux, de que vê com bons olhos a Justiça entrar na discussão sobre a vacina do novo coronavírus, no sentido  de que o STF entre na discussão sobre a vacina do novo coronavírus e tomar uma decisão a respeito:  "Podem escrever, haverá uma judicialização, que eu acho que é necessária, que é essa questão da vacinação.  Não só a liberdade individual, como também os pré-requisitos para se adotar uma vacina."

        Dada a incrível  falta de empenho político do Presidente Jair Messias Bolsonaro no que tange à implementação do emprego da vacina, a aplicação da vacina é importante demais para que ela fique nas mãos das presidência Bolsonaro. Infelizmente - e esse modesto blog constitui inconteste indicativo nesse sentido - não se pode deixar que essa importante vacina e sua aplicação fique subordinada à instância política, e a recentíssima decisão do presidente Bolsonaro representa ulterior nesse sentido.

          Mas continuemos com a muito oportuno intervenção do atual presidente do STF: "Podem escrever, haverá uma judicialização, que eu acho que é necessária, que é essa questão da vacinação. Não só a liberdade individual, como também os pré-requisitos para se adotar uma vacina."

            Também nesta sexta, 23 de outubro, o ministro Ricardo Lewandowski, relator de ações em curso na Corte acerca do tema, aplicou o rito abreviado  aos julgamentos, o que sublinha a intenção de dar rapidez ao debate.

             Em tal sentido, o  ministro já requereu as manifestações do presidente Bolsonaro, da Advocacia Geral da União - AGU, e da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o assunto em tela.

              Como se sabe, na quinta-feira, dia 22 de outubro,  a Rede (partido de Marina Silva) acionou o Supremo para obrigar o Governo Federal a comprar  46 milhões de doses da Coronavac, que é produzida pela chinesa Sinovac em convênio com o Instituto Butantã, objeto de embate entre o Presi - dente Bolsonaro e o Governador de São Paulo João Dória  (PSDB)

               Ainda no mesmo sentido, em instância jurídica, também tramita processo que discute se o Estado pode obrigar os pais a imunizar os seus filhos.


( Fonte: Folha de S. Paulo )

Outra efeméride negativa para Bolsonaro !

    Mais uma vez o Brasil aparece na dianteira na internet ! Infelizmente, no entanto, a gestão desastrosa da Administração Bolsonaro - que teima em dar à saúde da população, ameaçada pela Covid-19, a necessária, indispensável mesmo precedência - continua a gerar situações negativas para o Povo brasileiro. Pelo visto, a saúde do Povo brasileiro não tem a precedência no Governo de Jair Messias Bolsonaro que parece ter em outros países.

   Por quê a administração de Bolsonaro teima em colocar o cidadão brasileiro em segundo lugar, a ponto de confiar o ministério da Saúde a um militar, e não a um médico especialista nesse campo, de modo que os avanços da tecnologia médica não estejam à conta de funcionários que são leigos em medicina? Se não é menosprezo pela circunstância de confiar à Pasta da Saúde a profissionais a leigos, como o atual militar a quem Bolsonaro insiste em manter à testa desse Ministério, o que significa então confiar o trato desse grande desafio a alguém que não está preparado - porque é ignorante na matéria - semelha dificil atinar com o real propósito desse proposital e obstinado desacerto... Pergunto-me se haverá algum outro País em que a gestão desse enorme desafio seja entregue a leigos, a ignorantes em questões médicas ?! 

   Os Estados Unidos pode-se dar ao despautério de deixar na Presidência um ignorante como o presidente Donald Trump, a ponto de insistir e tentar reelegê-lo de novo! Infelizmente, ainda não estamos lá, embora seja previsível o quão nefasta será a continuação da gestão Trump, se lograr prevalecer sobre o contendor democrático Joe Biden! Essa é de resto a aposta tresloucada da gestão Bolsonaro, que se intromete na política interna americana, no seu apoio estúpido à reeleição de Trump. Essa posição artificial e estúpida da política brasileiro, apoiando a gestão Trump, metendo-se em questões internas americanas, promete ter resultados não só nefastos, mas desastrosos para o Brasil, cuja diplomacia nunca seguiu essa cartilha de um ignorante em tudo o que diga respeito à política internacional! Além de perdermos ótima ocasião - imaginem o Barão do Rio Branco, patrono do Itamaraty - agindo para tal disparate que além de burro terá consequências desastrosas para a nossa Terra! 

   Tenha-se presente, de resto, que é desastrosa a gestão do capitão Bolsonaro na saúde, como se concretizou desde o estouro desta mega-crise. Ao contrário de outros países, Bolsonaro achou por bem não fechar as nossas fronteiras, como fez, com oportunidade, o nosso vizinho argentino! Estupidamente menosprezou o ex-capitão o desafio da Covid-19, e com o avanço do relógio colhemos os amargos frutos do seu desatino e da sua tresloucada incompetência. Não é que o Brasil é o segundo do mundo em Mortes pela Covid - atingimos agora os cento e cinquenta mil mortes, o que não é nenhuma efeméride mas uma vergonha para a Presidência Bolsonaro, e que é fruto da sua desastrosa incompetência de gestão e de uma atitude tão estúpida quanto criminosa, menosprezado um desafio do porte dessa mega-calamidade! 

    Não é por acaso que no campo das fatalidades só somos superados pelo regime Trump, que nos ultrapassa nessa vergonhosa falta de defesa da boa gente brasileira, eis que, para vergonha de Trump os USA estão na frente nessa corrida das mortes, mas seguido, para nossa vergonha, e desgraça da boa gente brasileira, porque aí estamos como segundos nesse triste espetáculo!

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Que tipo de aliança é essa ?

Como assinala a manchete da Folha de ontem,, "Para Huawei, banimento fará brasileiro pagar caro por 5G". Com efeito, conhecemos a têmpera das alianças que o governo Bolsonaro firma com os Estados Unidos. Nesse contexto, é deveras importante ter muito presente a manchete da Folha de S.Paulo da última segunda-feira, dia dezenove de outubro de 2020 "Para a Huawei, banimento fará brasileiro pagar caro por 5G." Nesse contexto, uma eventual sanção do Governo brasileiro no que concerne à Huawei, tenderia a fazer que o brasileiro pagasse caro por 5G, a tecnologia de ponta chinesa. Nesse sentido essa "sanção" representaria um sinal ruim e comprometeria, em consequência, os investimentos desta empresa no Brasil, consoante declara o presidente da aludida Empresa . É sabido que a Administração Bolsonaro segue uma política de alinhamento automático também em termos de interesse industrial, em relação aos Estados Unidos. Manda, no entanto, o interesse nacional que não devemos atrelá-lo a injunções estrangeiras. Como se sabe, o governo Bolsonaro tem pautado as repectivas alianças e ligações com o Colosso do Norte por uma fidelidade canina entre Brasília e Washington, que no caso em capítulo não deveria ser implementada, porque faz parte de caudatarismo que não honra um país soberano como o Brasil. O busilis da questão está em uma nota de primeira página da Folha: "alvo de uma disputa global entre EUA e China, a Huawei corre o risco de ser banida do fornecimento de equipamentos para as rede de 5G no Brasil, devido a um alinhamento estratégico entre Jair Bolsonaro e o presidente dos States, Donald Trump, como já se verificou por mais de uma vez, sem que o real interesse nacional brasileiro haja sido atendido. ' Esse tipo "colonial" de aliança, em que o interessa da Superpotência sempre - ou quase sempre - se sobreleva, não interessa ao país soberano que o Brasil tem representado, tanto na sua política externa, quanto nos seus alinhamentos políticos. Se tal deferente alinhamento "colonial" vier a ocorrer, a evolução da tecnologia de quinta geração demoraria até o absurdo de quatro anos para ser iniciada porque as teles teriam de trocar todos os equipamentos, segundo Sun Baocheng, presidente da empresa chinesa em nosso país. Por conseguinte, compreende-se que para ele a transformação digital local estaria comprometida: Vão aumentar os custos dos operadores, e, como é previsivel, os custos de tais operadores vão ser transferidos para os consumidores. Os brasileiros vão pagar um preço mais alto pelos serviços de 5G. Nesse sentido, a evolução da tecnologia de quinta geração demoraria até quatro anos para ser iniciada, porque as redes teriam de trocar todos os equipamentos, afirma Sun Baocheng. No quadro geral, o executivo estima que a Huawei tenha de 40% a 50% da área de telecomunicações, da qual participa desde a privatização em 1998. "O mercado sempre foi livre, justo, sem discriminação. Acredito que o governo (Bolsonaro) vai fazer a opção correta." O executivo estima que a Huawei tenha a 40 a 50% da área de telecomunicações, da qual participa desde a privatização em 1998. Nesse sentido, declarou: "O mercado sempre foi livre, justo, sem discriminação. Acredito que o governo vai fazer a opção correta." Questionado sobre uma eventual retaliação chinesa, Baocheng declarou que a escolha do Brasil não deveria ser entre Estados Unidos e República Popular da China, "Mercado livre não é só importante para a Huawei, mas também para outras empresas estrangeiras." Dada a sistemática "opção estadunidense" governo JAIR Bolsonaro no capítulo, os eventuais temores de um considerável retrocesso ligado a um forçoso e contra-producente alinhamento colonial da Administração Jair Bolsonaro, a hipótese de um alinhamento nesses bases desastrosas constitua uma possibilidade muito real. A despeito das parcas possibilidadess de vitória do candidato Trump, tal perspectiva decero não pode ser escanteada. E seria gritantemente contra o interesse nacional, se o comportamento anterior tanto da bem-comportada Brasília, quanto da imperial Washington venha a ser levado em consideração, diante dos profusos exemplos anteriores. ( Fonte: Folha de S. Paulo )

domingo, 18 de outubro de 2020

Pantanal: governo dribla cobranças e favorece ruralistas

Do criminoso fogaréu do Pantanal, com os danos ecológicos consideráveis provocados, além das enormes exigências colocadas pela criminosa prática dos fazendeiros, os ministros Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e Tereza Cristina (Agricultura) limitaram-se, ao invés, a defender a polêmica ideia do boi-bombeiro - em resumo, quanto mais gado em um lugar, maior o consumo de capim e menor a quantidade de massa orgânica para propagar o fogo. Ministros não são avestruzes para enfiar as cabeças na terra do Pantanal e fazer de conta que os fogos são combustões espontâneas. Carece de muita má-fé para que Salles e Tereza Cristina façam de modo a olhar para o outro lado, e solenemente ignorem as criminosas queimadas dos fazendeiros do Pantanal. Será que o velho general de Gaulle terá sempre razão, ainda que do túmulo, quando dizia que "le Brésil n'est pas un pays sérieux !" ? Jovem segundo secretário na Embaixada em Paris, cercado por colegas de escol, tinhamos que aguentar as admoestações do antigo e famoso Cabo de Guerra francês. Mas, sob Bolsonaro, o que aconteceu ora no Pantanal foi muito mais sério. Os incêndios teriam sido colocados pelos fazendeiros, ou por seus prepostos, que o fizeram de forma provocativa e extremamente danosa ao interesse público. Como se pode tolerar que se promova um estrago tal, que obrigou os nossos bombeiros e forças da ordem a hercúleos esforços, enquanto um bando de bandidos fazia o que lhe dava nas ventas, atendendo exclusivamente aos próprios interesses mesquinhos? Tudo isso sem falar nos danos enormes provocados, os esforços hercúleos exigidos de bombeiros e forças auxiliares, e, a par disso, o alegado atentado à vegetação do Pantanal, ás suas formações vegetais, com o estrago considerável do bioma, tudo isso sob o peso de um silêncio quase sepulcral quanto aos mandantes - na prática, os responsáveis?! Será que regredimos no tempo, e essa gente, com a respectiva extração, pensa deter o poder necessário para constranger ao silêncio em termos de determinação de responsabilidades, a despeito das veladas ameaças a que os poderes constituídos não tiveram sequer a hombridade de determinar medidas que dessem ao Povo brasileiro uma impressão de que vivemos em um mundo democrático, em que os direitos e os deveres dos brasileiros são respeitados, inclusive no que tange às respectivas responsabilidades? Estamos acaso revivendo a experiência de uma república sob o jugo de "coronéis" e de fazendeiros, que se acreditam acima das Leis? Fontes: cobertura de jornais e da tevê; informes sobre acompanhamento de reuniões de "coronéis" e fazendeiros.

Os Perigos da Abertura

Não foi decerto, por acaso, que Jacinda Ardern, Premier da Nova Zelândia, vem sendo homenageada em toda Parte. Como primeira ministra do arquipélago, na excêntrica posição da Oceânia, ela teve o tino e a necessaria cautela para instrumentalizar a respectiva situação geográfica, a que marcam o grande afastamento e a consequente situação privilegiada para a proteção do respectivo acesso aos confins nacionais. Embora as situações topográficas e geográficas sejam bem diversas, tampouco a governante neo-zelandesa pensou em não pôr para anteparo do próprio Povo uma localização excêntrica que lhe poderia ser favorável dentro do mundo global.Sendo o seu país um arquipélago, Sua Excelência tratou de proteger e isolar dentro do possível e do factivel o próprio arquipélago nacional, valendo-se para tanto dos limites oceânicos que lhes caracterizam a nacionalidade para incrementar-lhes a respectiva proteção no acesso respectivo, ensejando a necessária defesa em termos de acesso para um país demarcado pelo mar oceânico. Hoje a líder neo-zelandesa vem sendo homenageada por gregos e troianos, precipuamente pela sua personalidade, capacidade de direção e de, em consequência, enfrentar os desafios para os quais um político - no caso uma política - demonstra o acumen indispensável para enfrentar os problemas colocados para aqueles que são confrontados com dificuldades e que, dentro do Direito e da respectiva Oportunidade, encontram soluções adequadas e mesmo salvadoras para o respectivo País cuja liderança assumiram. Em função do próprio acumen, a Ardern protegeu o respectivo Povo, e criou condições para manter longe das ilhas neo-zelandesas o nosos a que essa peste da Covid-19 tem constituído para tantos povos. A Capacidade diante de um magno desafio pode vir a ser manifestada pelos mais diversos líderes, como foi o caso dessa longínqua governante neo-zelandesa. Como demonstrou Arnold Toynbee, o grande historiador inglês, em seu monumental A Study of History (Um Estudo de História), as diversas Civilizações encontram em sua trajetória desafios que lhes determinam seja a continuidade, seja a respectiva interrupção. Se tais reptos podem ser superados, a civilização e a sua cultura respectiva podem continuar a própria caminhada. Na grande obra do filósofo e historiador inglês (exigiu doze volumes, inclusive as respectivas Reconsiderações), mas constituem um marco nas obras histórico-filosóficas, que foram encetadas no começo do século XX, no contexto europeu, como também evidenciam os dois volumes do alemão Oswald Spengler - Der Untergang des Abendlandes (A Decadência do Ocidente), outra magna realização forjada pela Primeira Geuerra Mundial. Mais revenons à nos moutons... Creio importante e adequada a série de manifestações favoráveis à Jacinda Ardern personagem decerto importante para o povo da longínqua Nova Zelândia. Terminado - ou em vias de - findar esse terrível flagelo que foi representado pelo virus mais uma vez saido da República Popular da China -no presente esse dito novo coronavirus que tantas mortes, enfermidades e transtornos trouxe para esse mundo, vasto mundo de Drummond. Se lideranças incapazes não souberam lidar com tal desafio - e nesse contexto as imagens de Donald Trump - o trapalhão que inferniza o povo americano - e de parte brasileira, outro trapalhão de nomeada, de nome Jair Messias Bolsonaro - ambas se apresentam de forma que me parece inconteste, e cuja incapacidade fática se traduz nas muitas mortes sofridas pelo nosso Povo e em ainda maior número, pelos naturais dos Estados Unidos. Na tragédia da Covid -19 confrange que um grande Povo como o estadunidense venha a constituir a maioria das vítimas da Covid=19. Que uma solitária mulher, lider da Nova Zelândia, mostrou o discernimento necessário para vencer, em nome de seu Povo, o magno desafio dessa pandemia mundial, que tantas mortes trouxe para esse mundo, vasto mundo de Drummond de Andrade. De nossa parte,o "lider" Bolsonaro acumulou erro sobre erro, no que traduziu em linguagem vulgar a própria irremediável incapacidade. Não li ainda - mas pretendo fazê-lo em breve a recente obra do Ministro Mandetta, exonerado em má hora por Bolsonaro. Este, como o seu ídolo Trump, acumula erros e mais erros no seu desatinado combate à Covid. É triste ver o seu país em segundo lungar em número mundial de mortes, "suplantado apenas pelos EUA. Essas pobres vítimas da incompetência e da burrice, elas encontram os fautores das respectivas mortes nas terríveis estatísticas dessa nova praga - chamemo-la assim para traçar-lhe o caminho cruel, coalhado de mortes, que relembra, com sarcástica ironia a passagem maldita das citadas "pestes" do Medievo, que tantas vidas exigia da então colossal ignorância médica. Que Estados Unidos da América e Brasil detenham a palma dessa sinistra competição, será que deve surpreender mesmo ? Bolsonaro mostrou desde cedo a respectiva incapacidade, que cuidou de disfarçar a princípio em um estudado suposto menosprezo à grave enfermidade, que cuidou de vestir com os trajes rotos de uma suposta "gripezinha". Outra gente mais capaz, como a nossa distante líder da Nova Zelândia mostrou tino e capacidade históricas. Tratou de barrar a entrada de enfermos em seu pais, e por isso assegurou à Nova Zelândia o primado de atravessar esses nosos terrível com poqquissimas vitimas, Enquanto Bolsonaro não teve a inteligência de conservar ao próprio lado um médico capaz para enfrentar a peste e dessarte omitiu-se de um forma lamaentável como lider da defesa contra um magno desafio. Sequer valeu-se do rotineiro fechamento das fronteiras. Assim, ao invés do vizinho argentino, ao ser chamado a luta não mostrou um mínimo de capacidade e de condições de liderança. Pobre Brasil ! Ja teve gente melhor a ocupar-lhes os postos de liderança. Esse limitou-se a deblaterar contra o flagelo, como se palavras, ditas em menosprezo, pudessem ter o valor galvânico dos grandes líderes, que não fogem à luta. (Fontes:Folha de S.Paulo e Estado de S.Paulo )

sábado, 17 de outubro de 2020

Como salvar 71% das Espécies ? (2)

Diante da perspectiva que ocorra, com o avanço das mudanças climáticas e as consequentes previsões de que em algumas décadas se verifique a extinção de um grande número de espécies, tanto animais, quanto vegetais, os estudiosos do tema têm defendido não só a necessidade de preservar o seu habitat natural que são no Caso do Brasil tanto a floresta amazônica, quanto a mata atlântica, além de outras formações vegetais típicas do Brasil como o cerrado, áreas pantanosas, e outras formações já degradadas em parte, como a porção amazônica ainda preservada em extensão considerável no estado do Pará, sem falar das outras áreas de vegetação já consideravelmente modificadas pela ação do homem no Brasil. É forçoso reconhecer que o desafio aumentou bastante, tanto na floresta amazônica, quanto em outros espaços naturais do Brasil, como em especial no Cerrado, em que o afrontoso repto cresceu desmesuradamente em relação a períodos anteriores, por uma situação marcada por uma postura em que se mantinha como pressuposto não-discutível o respeito ao Meio Ambiente, antes observado - ainda que com lapsos de queimadas ocasionais e de outras ameaças do gênero. A dificuldade que não se colocara antes se acha na circunstância de que, por conta da última eleição presidencial no Brasil, foi eleito presidente Jair Bolsonaro, que tem um viés não favorável à preservação do Meio ambiente. Por força dessa mudança radical de postura, os políticos ambientalistas como Marina Silva desapareceram do visor, sendo substituídos na prática por políticos que seguem uma postura anti-ambientalista, com as consequências naturais de uma transformação radical de tal natureza.O fenômeno poderia ser equiparado, em que de repente a stanza dei botonni se viu ocupada por outra espécie de atores políticos, com as consequências naturais de grandes e inesperadas metamorfoses. Além de enjeitarem os depósitos feitos por países ambientalistas, voltados para a proteção do meio ambiente e notadamente da Amazônia, tanto os órgãos de proteção e preservação ambiental, quanto as próprias autoridades nominalmente encarregadas da defesa ambiental (e da adoção de políticas ambientalistas globais, como o celebrado Acordo Climático de Paris) mudariam de postura. Assim, organismos como o INPE, encarregados de acompanhar e, se possível, inviabilizar o desmatamento tanto selvagem, quanto desbragado, passaram a enfrentar condições diversas e adversas. O desafio, com a real ameaça da savanização da Amazônia, já se vinha configurando, em áreas como a parte oriental da antiga hiléia - na descrição de Alexandre von Humboldt - que em largas extensões da planície na Amazônia paraense já se acham bastante atingidas pela conjunta ação da agricultura e - marcadamente em período imediato, pela ação de garimpeiros, que têm sido favorecidos pelo regime bolsonarista, em uma postura que em nada configura à necessária proteção que deve ser prestada aos indígenas, dentro das reservas de que carecem. O surgimento de um regime de direita, e a tal ponto de preparar com viés negativo a classificação de políticos e de autoridades governamentais havidos como anti-fascistas, em uma tentativa de revirada, em que os defensores do meio ambiente e políticos no versante liberal passaram a ser alinhados como anti-fascistas, numa mudança radical de postura política, em que se pespegavam pinturas negativistas aos democratas e defensores da liberdade... A eleição de Bolsonaro passaria a configurar um outro ambiente, em que as posições ideológicas se descobriam de repente deformadas por uma mentalidade fascistóide, que desde muito não se coaduna com a realidade democrática no Brasil. Dessarte, a postura agressivamente anti-ambientalista da atual Administração, que foi surpreendentemente a vencedora do último pleito presidencial, criou uma situação assaz desfavorável para o interesse brasileiro que sempre se pautou por uma política ambientalista que constitui um imperativo para um país que dispõe de imensas áreas florestais, que são vistas, por setores que merecem respeito, como indispensáveis para a manutenção de temperaturas globais aceitáveis, e conformes a um futuro verde para a Humanidade. Daí, a inevitável surpresa - que explica um tanto o pasmo e a desordem das instâncias governamentais (incapazes de manter uma política ambientalista que seja conforme aos imperativos de defender os pulmões do planeta, sem esquecer o despautério de uma savanização desbragada (que já se verifica em largas extensões da Amazônia paraense). Nesse contexto, a reportagem constante do Estado de S. Paulo deve merecer a atenção e a ênfase que se presta à matérias que são consentâneas com o nosso óbvio interesse nacional. O Brasil não está interessado em desfazer-se dessa grande floresta - que não se deve permitir seja afetada pelas queimadas irresponsáveis, nem pelas afrontas de uma grilagem que em nada correspondem tanto ao interesse nacional, quanto a essa maravilha da Humanidade que é a hiléia. Muito aprecio, portanto, a relevância da matéria objeto do estudo de cientistas nacionais e estrangeiros. A Amazônia é e continuará brasileira, de acordo com o nosso Povo. Será sobretudo pelo empenho e pela discussão de políticas nacionais que defendam os nossos interesses - preservação da Amazônia e respeito da conquista brasileira, que detém os pulmões do planeta de uma forma positiva,e que, por conseguinte, não admite a sua irresponsável savanização. A autoridade governamental está aí para implementá-la, como é também de nosso integral interesse que os rios aéreos vindos das Amazônia continuem a cumprir com a sua finalidade de preservação criativa. Vamos olhar com mais atenção às autoridades responsáveis pela área do Meio Ambiente. Teorias esdrúxulas de destruição ambiental devem ser escoimadas, assim com os seus repre- sentantes que lá estão para defender os interesses do Brasil, e não a formulação de políticas esdrúxulas e anacrônicas que podem representar diversões perigosas para o verdadeiro interesse nacional. (Fonte: O Estado de S. Paulo )_

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Como salvar 71% das Espécies ?

Por vezes, os especialistas na matéria - máxime diante de uma situação de crise - procuram através da pena e da palavra, de uma certa forma amtecipar-se a eventos que não parecem contribuir para uma evolução exitosa em termos da salvação - ou da preservação - das espécies. Sem querer que se configure um cenário negativo, e valendo-se de espírito conservacionista - que, com exceções marcadas por um sentido de comercialização - será acaso mais comum que a atividade econômica - conjugada por aquela fabril -se lance contra situações que muitos veriam como impeditivas da expressão da Natureza na sua forma mais primária e primeva. Nesse ponto, o pensamento terá de caminhar para a visão do naturalista inglês Charles Darwin (1809 -1882) que se afastou - mas não tanto - das destruições "construtivas" da Inglaterra de seu tempo e de Richard Malthus. Para sentir a força da natureza - que lhe embasa a respectiva teoria - Darwin dedicou boa parte de sua vida à navegação da nave Beagle e uma estada nas ilhas do Pacífico, em que várias constantes se fizeram presentes, de forma a reforçar a teoria científica de Darwin, que como toda observação do gênero pode chocar-se de início com os divinismos creacionistas, mas que ao cabo, através de ambientes primevos e de poucas modificações (que não é decerto o caso para a observação de índole científica, em ocasiões nas quais a proximidade de uma longa presença do agricultor ou do homo faber tenderia a inviabilizar a atuação dos respectivos, muito ao contrário de um cenário em que esse grande disruptor da Natureza se manifeste sob tantos versantes. Tais condicionamentos foram então aproveitados pela sabedoria do naturalista que não hesitara em, diante da fortunosa conjunção de fatores, proceder tanto com o afastamento que integra o processo de criação (e observação) científica, assim como valer-se de condições privilegiadas em termos de análise e acompanhamento,a que a proximidade com a "civilização" em outras terras tenderia a inviabilizar. Existem, por conseguinte, pressupostos - que não ocorreram por acaso - que engrandecem o trabalho científico (em que teoria e praxis se dão as mãos) e que decerto não devem ser esquecidos, enquanto vêm vestidos de condições de vida não necessariCamente confortáveis, ainda que se sirvam, por decisão própria do cientista, de um necessário afastamento da chamada civilização. Tenha-se igualmente presente que Charles Darwin, pelas distâncias do século XIX, não fez uma pequena renúncia em termos sanitários, intelectuais e da própria existência, em que o 'asceticismo' se sobreleva as condições por ele escolhidas para levar a cabo o seu estudo científico, que é sobretudo a observação minuciosa da vida das espécies dentro do cenário da Natureza em que a prudência e a cautela norteiam o comportamento dos seres mais fracos, em um 'mundo' cão, wm que as 'penas' aplicadas pelas espécies mais fortes - ou com maior habilidade - são ditadas pela irreversibilidade, pois não há condicionalidade da 'misericórdia' das espécies mais fortes no que tange às fracas...(*), salvo se por uma condicionalidade eventual na mecânica brutal do relacionamento das espécies a mais fraca pode ser havida como "aliada", na luta pela respectiva sobrevivência. Dessarte, tal sobrevivência só pode ser garantida no mundo darwineano seja por prudência conjugada com instintiva inteligência, para casos em que possa valer-se do número, ou do natural afastamento, que decorrem da prudência e/ou de instintiva esperteza, como 'personagens' cuja presença venha a ser 'tolerada' nesse mundo darwineano. Mas sem procurar ser romântico, como devemos encarar o presente desafio (entendido no sentido toynbeeano da expressão) que é colocado tanto pela cobiça da chamada civilização, quanto pelas pulsões do dito avanço do chamado "progresso" para dentro do espaço ora ocupado pelas culturas silvícolas - a exemplo da Amazônia. Como também é sabido, a presença da Direita (em certos casos e/ou aspectos marcada por "pérolas" do pensamento fascistóide) não pode ser excluída da dita Aliança oportunista, que nada tem de "santa", sobretudo se tivermos presente as suas ruinosas consequências para a Amazônia, e o Brasil. Tem sido uma mostra deplorável da atual Administração Jair Bolsonaro, em matéria da respectiva visão da Amazônia. Além do humor negro que presidiu à escolha de Ricardo Salles como Ministro do Meio Ambiente - somos in aeterno devedores da iniciativa do grande ministro Celso de Mello de tornar pública a gravação pela Tevê daquela lamentável reunião do ministério do atual presidente, de que sobraram pedras não exatamente preciosas (que ejetou o ministro da Educação para o Banco Mundial) e rasgou de vez os véus quer cercavam o já citado Ministro do Meio Ambiente (com a sua dita pérola "de deixar passar a boiada"). Por falar nesse ministro - que é expressão do "pensamento presidencial", se ele faz parte de uma mentalidade - que é apenas um derivado da posição de Bolsonaro, parece de extrema relevância que não se veja com menosprezo esse aborto de política ambientalista, que desmerece a postura de defesa do Meio Ambiente, que é decorrência da gestão de Marina Silva e de outros defensores não só da Amazônia - que é a jóia da Coroa -mas também da Mata Atlântica, quanto do Cerrado, e de outros espaços que têm motivado a então respeitada posição brasileira em termos de meio ambiente, em que o Brasil sempre defendeu as boas campanhas, muitas delas que constituiram a substância da posição brasileira nesse muito importante campo de defesa da salubridade e preservação de áreas em que deveremos viver, e da precedência do Meio Ambiente, como uma regra a ser respeitada de forma continuada e, se possível, imutável, dentro do espírito de Acordos que pautaram a nossa Democracia, e que no futuro estão fadados a permanecer como expressão da inteligência e do bom senso que hão de prevalecer sobre as políticas inconfessáveis, de fôlego curto e de pensamento raso, que não condizem com a nossa diplomacia presente. (a continuar)

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

O STF já formou maioria para manter a prisão do traficante André do Rap

Por seis votos a zero, o Supremo já formou maioria, em julgamento interrompido ontem, catorze de outubro, para seguir a decisão do presidente Luiz Fux. de manter a prisão preventiva de André do Rap, chefe do PCC. que fugira após a incrível liminar do Ministro Marco Aurélio Mello, que determinara a soltura. Os seis ministros também se posicionaram a favor de restrições ao alcance da lei que determina a necessidade de se reavaliar a cada noventa dias, o pedido de prisão preventiva. É de notar-se que a decisão de Marco Aurélio já havia sido revogada pelo presidente da Corte, Luiz Fux. Em seu voto de ontem, catorze de outubro, o presidente Fux argumentara que Marco Aurélio já havia ignorado decisões da Primeira e da Segunda Instância. Nesse contexto, o presidente Fux alertou para um potencial de "gravíssima insegurança jurídica". ( Fontes: O Globo e O Estado de S.Paulo )

terça-feira, 13 de outubro de 2020

O Choro do Ditador

Não despertou pequena surpresa o choro do líder supremo Kim Jong-un, por ocasião do desfile militar que marcou o 75° aniversário do "Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte". Ao pedir, de forma inusitada, desculpas ao povo norte-coreano, pelo seu desempenho à frente da República norte-coreana - afetada que está a Nação por sanções internacionais, desastres naturais e, mais recentemente, pela pandemia do Coronavirus - Kim Jong-un forneceu um raro momento de quanto aumenta a pressão de forças internacionais sobre o regime, marcado por uma das ditaduras mais brutais e severas, e com meios de consumo mais parcos para essa sofrida gente. Sem exagero, o padrão de vida dessa gente se marca menos pela austeridade, do que pela penúria, possivelmente mais severa do que as condições vigentes durante a ditadura de Josef Stalin, nos anos anteriores à invasão pela Wehrmacht, na década de quarenta, nos pródromos do ataque da antiga Rússia pelas legiões da temível força militar germânica. É do conhecimento geral como terminou favoravelmente ao Ocidente aquele insano conflito causado pelos megalônomos projetos do ditador nazista. Dpois das grandes dificuldades enfrentadas pelas Forças Aliadas, findou para o Ocidente e os Aliados aquele geral conflito militar provocado pelos ditadores nazi-fascistas.Tanto Benito Mussolini e a Petacci encontrariam o fim na Praça de Rieti, enquanto o Fuhrer - Eva Braun se suicidaram em abrigos anti-aéreos , sob o bombardeio do Exército Vermelho, que chegara ao FIM que restava da potência de Berlin e dos sonhos de conquista das forças germânicaa. Dentre imagens contrastantes - de um lado o símbolo agressivo de um suposto missil intercontinental e de outro o estado emocional do lider norcoreano Kim Jong-un constituiram de certa forma uma estranha comemoração às avessas, eis que à empáfia do poder nuclear se contrapôs a plangente cena do Supremo Lider presa das lágrimas, em que pede desculpas por seu desempenho à testa da Terra norte-coreana. É de notar-se que terão pesado as sanções internacionais, os desastres naturais e, não por último, a pandemia do coronavirus Tendo presentes os poucos meios disponíveis na terra nórcoreana, e as possíveis consequências dessa grande peste moderna que constituiu a Covid-19, uma situação ainda mais aflitiva diante da estreizeza de meios e as condições de relativo abandono, não se carece de muita imaginação para visualizar com que se deparou a pobre gente que vive na Coreia do Norte.

Cabe julgamento no plenário do STF do estranho caso da soltura do líder do PCC ?

Segundo nota de primeira página do Estado de S. Paulo, não se poderia excluir que a eventual soltura do líder do PCC venha a ser julgada em plenário do Supremo. Com efeito, carece uniformizar-se o entendimento sobre essa estranha lei. Aliás, a proficiente e abalizada colunista do Estadão, Eliane Cantanhêde, escreve a propósito artigo - "Marco Aurélio, qual é a sua?" Como a Cantanhêde resume "Em 27 de julho do ano 2000 escrevi artigo sobre a decisão monocrática do Supremo que mandou soltar o então banqueiro Salvatore Cacciola, apesar da obviedade da culpa e das evidências de que, assim que deixasse a prisão, ele fugiria do País. O ministro deu a liminar, Cacciola voou para a Itália, via Paraguai e Argentina, e só foi preso de novo seis anos depois, ao cometer um erro primário.(...) Vinte anos e muitas decisões polêmicas depois, Marco Aurélio Mello assume a partir de hoje a solene condição de decano, no lugar do ministro Celso de Mello, já empurrando a Corte para o centro do debate nacional - ou melhor da ira nacional. Qual o sentido de soltar André do Rap,o chefe do PCC, que a Polícia demorou anos e gastou fortunas para capturar?" Mas ainda tomando a liberdade de transcrever outra parte do artigo da Cantanhêde, cabe conectar essa estória com a sua triste reedição: " Dono de helicóptero, lancha, mansões e carrões, o facínora tem duas condenações em segunda instância, somando 26 anos, mas entrou com recurso e estava em prisão provisória desde setembro de 2019. "Ao acatar o habeas corpus, Marco Aurélio justificou que sua prisão não fora renovada de noventa em noventa dias, como manda o novo Código Penal, aprovado no Congresso e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro - contra posição do então Ministro Sérgio Moro." Em boa hora, o Ministro Moro - então Ministro da Justiça do Presidente Bolsonaro - alertara o então novel Presidente sobre a redação e os consequentes problemas que apresentava o novo Código Penal, que mesmo assim - já prenunciando futuras dificuldades - o novel Presidente preferiu sancionar, ignorando da oposição de seu Ministro da Justiça, dentro da cadeia de erros que assinalaria a breve, mas acidentada coexistência política entre Bolsonaro e o respeitado juiz da Lava Jato. (Fonte: O Estado de S.Paulo )

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

A Eleição Americana

O já-ganhou, se aplicado à vindoura eleição estadunidense, é um critério arriscado, atendidas as considerações do próximo confronto eleitoral na Terra de Tio Sam. Com efeito, se analisarmos os dois principais candidatos - Joe Biden e Donald Trump - tanto o retrospecto quanto uma análise fria dos dois contendores, levam à conclusão que estamos diante de um embate bastante desigual. Com efeito, por suas características, tanto éticas, quanto políticas mr Trump confronta o eleitor com qualidades bastante negativas. Bastaria quase para invalidar-lhe a candidatura à reeleição, o seu indescritível procedimento durante e pós sua internação no Hospital militar Walter Reed, cujos médicos mereceriam um melhor tratamento que o dado por Trump, saindo intempestivamente daquela casa de saúde sem ser movido por outra motivação que a eleitoral. Não é decerto uma boa indicação em termos de caráter e de respeito pelo seu semelhante o seu comportamento quando o presidente saíu intempestivamente do estabelecimento hospitalar, episódio em que mostrou a ausência de considerações éticas (que devem pautar o comportamento de um político líder de uma grande democracia). Irresponsável - to say the least - foi o seu abandono contra as recomendações médicas da citada Casa de saúde, com óbvio risco de contágio para o pessoal da Casa Branca. A sua motivação para intempestiva saída não poderia ser mais irresponsável e cínica (pela óbvia ameaça de contágio que implica). É de esperar-se que Biden vença a eleição. O já-ganhou é um critério perigoso, mas Trump abusa do direito de errar e de ser um mau-governante. Compreende-se, assim, que para os observadores internacionais não seria surpresa que o equilibrado e experiente político Joe Biden vença a próxima eleição. Depois de sofrer com um mau governante em muitos aspectos - e muito em especial pela sua gestão desastrosa da pandemia - será por acaso que o Colosso do Norte, o país mais desenvolvido e podereso da Terra é o que apresenta o maior número de vítimas letais dessa grande peste do coronavirus ? O mundo verá com prazer uma Vitória do candidato democrata no próximo prélio, se possível com maiorias democratas no Congresso de Representantes e no Senado Federal. Chega de mau governo. Está em tempo de Trump associar-se ao grupo de Buchanan, a quem ele deverá arrancar o título que merece de pior governante estadunidense de todos os tempos!

domingo, 11 de outubro de 2020

Combate às Queimadas atrasado em 4 meses!

Relatórios do Ministério do Meio Ambiente mostram - segundo noticia O Globo - que a burocracia (?) retardou o combate às queimadas na Amazônia e no Pantanal, apesar dos avisos a essas condições climáticas adversas em 2020. O Globo noticia isto na primeira página do jornal de ontem. Ainda em primeira página assinala que relatórios do Ministério do Meio Ambiente mostram que a burocracia (?) retardou o combate às queimadas no país, a despeito dos avisos das condições climáticas adversas em 2020. Agora esse fogo fica ainda mais quente pela circunstância de que a demora referida inviabilizou a proteção a territórios indígenas. Dentro da magna burocracia federal do governo Bolsonaro, o ministério da Economia aprovou a contratação de brigadistas em junho, dois meses apóa a chegada do pedido urgente. Ainda dentro de um ritmo prá lá de descansado, a permissão para a convocação do grupo só foi publicada neste agosto p.p., quatro meses após o previsto. Foram enviados 1.481 brigadistas, mil profissionais a menos que o máximo permitido. É de notar-se que a intervenção se destina não apenas ao Pantanal, com as suas queimadas a serem evitadas, mas também à Amazônia, em que a turma (fazendeiros) também têm sua queda por queimadas! Como devemos classificar os atrasos que se acumularam? Notem que a permissão para a convocação do grupo só foi publicada em agosto p.p., quatro meses após o previsto. É muita calma, não acham? Além disso o Ministério do Meio Ambiente mandou apenas 1.481 brigadistas, mil, repito mil profissionais a menos do que o máximo permitido. A burocracia dirigida pelo Ministro Ricardo Salles - o do Meio Ambiente, lembram-se dele com suas palavras na famosa reunião do ministério de Jair Bolsonaro, em que o Senhor Salles - palavras a que o Povo brasileiro teve acesso por determinação do ministro Decano do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello - falou ao Povo Brasileiro do interesse de passar boiadas com toda a discrição... Para resumir: malgrado o interesse da matéria, os nossos burocratas provocaram um atraso de quatro meses. O Ministério da Economia atribuiu esse atraso de quatro meses - é bom repetir, pela enormidade e a insolência da demora -chegando a dizer que se devia o tal retardo a "problemas" com a documentação apresentada pelo dito Ministério do Meio Ambiente. Será que Bolsonaro e Salles pensam que o Povo Brasileiro é burro ou estúpido, quando chegam a vir com tal gênero de desculpa ? Quando os ditos brigadistas se dirigiam para reprimir queimadas criminosas tanto na Amazônia, quanto no Pantanal, SERÁ QUE NAO RESTA A ESSA GENTE UM MÍNIMO DE RESPEITO a esse mesmo Povo Brasileiro, que é,seja dito de Passo soberano quando, de cara lavada, como se fora coisa de somenos, apresentam como desculpa essa cavalar mostra de irresponsabilidade e de falta de brasilidade ?

Cento e cinquenta mil mortes !

Pelos cômputos da sociedade de veículos de imprensa, o Brasil chegou à triste marca de 150.236 mortes pela Covid 19. Esse alto número de óbitos reflete descontrole dos estados. Como assinala o Estado de S. Paulo, se fossem países independentes quatro unidades federativas estariam no topo do ranking mundial, com os piores índices de morte por milhão de habitante. Se tivermos presente, como no cômputo feito pelo Estado de S. Paulo, o Peru é o país que apresenta a maior tqxa de óbitos no mundo, com 1.002 casos por milhão de habitantes. Nessa lista, o Brasil ocupa a 3a. posição, atrás da Bélgica. Sabe-se, por outro lado, que em número absoluto de mortes, o Brasil ocupa o segundo lugar, atrás dos Estados Unidos. Assim como esse primeiro lugar em quantidade de óbitos atribuídos ao chamado novo coronavirus, pertence aos Estados Unidos. O nosso segundo lugar absoluto nessa triste hierarquia, corresponde, como no caso da Superpotência, à má gestão federal desse flagelo. Tanto Donald Trump, quanto Jair Bolsonaro têm culpa em cartório, pois não mostraram liderança digna desse nome no capítulo. Não creio seja necessário repisar essas gravíssimas falhas em matéria de liderança política e sanitária, que as instâncias competentes demonstraram. Por quanto tempo, essa tragédia vai continuar é outra estória. A presença da autoridade estatal deveria estar mais presente. Que país é esse em que a população não respeita à autoridade, ou, talvez melhor dizendo, em que as autoridades não mostram - salvo em raríssimos casos - estofo de líder ? As autoridades deveriam pensar menos em apressar-se em introduzir flexibilizações, e ao invés transmitir ao cidadao - quem quer que ele seja - que ele carece de respeitar as determinações conducentes a evitar aglomerações e toda a série de arreglos que levam ao desrespeito das regras (praias lotadas, v.g.), e mentes voltadas para o facilitário por atacado. A Itália aprendeu suas lições para evitar o contágio. Agora, novos líderes aparecem na bota italiana, com respeito maior às contingências da pandemia, tanto que, ao contrário de França, Espanha e Reino Unido, o povo italiano vem escrevendo com decisão páginas que mostram do caráter, juízo e disciplina que, em face da adversidade essa histórica gente vem demonstrando ! (Fonte:O Estado de S. Paulo )

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Classe C : 63 por cento da população

Hoje, o Globo dedica o topo da primeira página ao fato de a Classe C já reunir 63 p/c da população. Como outras transformações do Governo Bolsonaro, esta surge como sujeita aos caprichos do tempo. Essas quinze milhões de pessoas favorecidas pelo auxílio emergencial configuram um fenômeno que pode ser efêmero, pois como o próprio nome indica essa ajuda é de emergência, e é por conseguinte acolhida pela população que se debate com as dificuldades próprias de sua faixa de renda, mas também com a atitude positiva, que reconhece a relevância da iniciativa, e que prontamente catapultou para o atual presidente à faixa de popularidade antes ocupada por Lula da Silva. Correspondendo a um auxílio pontual, e dado o seu peso no orçamento da República, ele não constitui um instrumento que possa ser considerado durável, dadas as limitações envolvidas nesse tipo de ajuda. Outros programas do ideário lulista, como o Bolsa Família, têm maior potencial, porque não se limitam à simples doação, e sendo instrumentais, têm uma participação mais sólida através do custeio da educação. O comprometimento da renda estatal com esse tipo configurado pelo auxílio emergencial pode ser visto como um retrato da situação econômica do Brasil. A doação pode fomentar o incremento da popularidade do presidente que dispensa fundos para quem deles muito carece. Mas dado o comprometimento envolvido nesse gênero emergencial, ele não pode comparar-se às qualidades imanentes no programa Bolsa Família. Se a capacidade do Caixa do Estado tem necessariamente limites, a qualidade desse tipo de programa - ainda que construtor de popularidade - não pode, em sã mente, entrar na liga dos planos - como o Bolsa Família - voltados para a construção do futuro, ao invés de um plano de alto custeio orçamentário, mas de pouco fôlego para construções mais duradouras. O futuro dirá - e ele escreve em geral com as letras grossas do interesse do Capital. Não há lugar para sutilezas nas listas cambiais do Banco Central, e os grandes inversores não se atêm a detalhes, mas à linguagem crua das verdades cambiais. Pensando nisso, o Partido dos Trabalhadores e quem forjou o Bolsa Família tratou de inserir-se em espaço do futuro. Já o atual plano do governo Bolsonaro pode engordar através das benesses das urnas, mas é imediatista e de fôlego bem mais curto. Apesar de serem tão ou mais onerosos de os outros programas que são mais complexos, inteligentes e por conseguinte surgem como mais ricos, no que contribuem para o viço da Economia e por conseguinte de nosso Povo. Já a versão atual carrega pesados fardos sobre as burras estatais, sem contrapor o sopro criador do futuro de formulações como o Bolsa Família. Sendo de uma nota só o Auxílio Emergencial está na faixa primária. O Estado gasta muito, mas os ganhos para a Economia não são comparáveis a outros planos mais complexos e com um sopro maior de criação de riqueza. Nesse tipo que definiria como rústico de ajuda, o peso sobre o capital é o mesmo, mas os efeitos negativos são maiores, dada a falta de sofisticação criativa do projeto. Fontes: O Globo, O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo

Interferências na P.F.

É difícil não assistir sem uma certa melancolia à derradeira intervenção do Ministro Celso de Mello, em que Sua Excelência reiterou o próprio voto para que o Presidente Jair Bolsonaro preste depoimento presencial no inquérito que apura interferências na Polícia Federal.Com efeito, a fala do Ministro é breve, ainda que taxativa e necessariamente simples: "Ninguém está acima das leis". Regra respaldada pela Constituição!. Ainda mais se se contar mais algumas palavras adicioanais do Ministro que se despede da Corte. Ao ouvi-lo, com a sua experiência,e consequente firmeza, na intervenção de quase-despedida, o Ministro Celso de Mello votou para manter a decisão na qual determinara que presidente Jair Bolsonaro preste depoimento presencialmente e não por escrito, no inquérito em que é investigado por suposta interferência na Polícia Federal. O julgamento foi interrompido e ainda não está definido quando será retomado, com a manifestação dos demais Ministros. Na quinta=feira, dia oito de outubro, o Ministro Celso de Mello voltou a dizer que ninguém está acima da Lei nem merece tratamento seletivo. Foi o próprio Celso quem autoriza a abertura do inquérito para apurar a possível ingerência do Presidente na P.f., relatada que foi pelo ex-Ministro da Justiça Sérgio Moro. Nesse contexto, a legislação penal reza que o Presidente da República, o Vice-presidente e os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos deputados e do Supremo Tribunal Federal podem prestar depoimento por escrito quando são testemunhas, mas não faz menção a situações em que sejam investigados... Por outro lado, em 2017, os também Ministros do STF Luís Roberto Barroso e Edson Fachin autorizaram o então presidente Michel Temer a prestar esclarecimentos por escrito em dois inquéritos diferentes nos quais era investigado. A esse respeito, o Ministro Celso destacou que há decisões no sentido oposto às que beneficiaram Temer, não autorizando chefes de poderes a prestar depoimento por escrito quando investigados. Nesse contexto, declarou o Ministro Celso de Mello: "Ninguém, nem mesmo o Chefe do Poder Executivo da União, está acima da autoridade da Constituição e das Leis da República. Absolutamente ninguém tem legitimidade para transgredir e vilipendiar as Leis e a Constituição de nosso país (...) Não custa insistir, por isso mesmo, na asser- ção de que o postulado republicano repele privilégios e não tolera discriminações, impedindo que se estabeleçam tratamentos seletivos em favor de determinadasessoas - disse o Ministro decano do STF. Não se trata de severidade excessiva, mas dispensar um tratamento republicano à Autoridade da República, ainda que representada em seu mais alto nível. E é por isso que segundo esse grande Decano do Supremo, "não custa insistir, por isso mesmo, na asserção de que o postulado republicano repele privilégios e não tolera discriminações, impedindo por conseguinte que estabeleçam tratamentos seletivos em favor de determinadas pessoas - declarou o Ministro Celso de Mello. Por sua vez, para a vaga que por força da determinação constitucional será aberta para o desembargador Kássio Nunes, será ele sabatinado pelo Senado Federal a partir do dia 21 de outubro. A escolha de Kássio, foi a princípio criticada por parte do núcleo bolsonarista, havendo sido bem recebida pelos senadores, ne entanto, inclusive os de oposição. Preponderou para orientar esse viés o fato de ele ser garantista - mais favorável aos direitos dos réus. Quanto a outros particulares do curriculum do Desembargador Kássio Nunes - não obstante o seu contraste com o desse valor republicano que constitui o Ministro Celso de Mello parecem não haver provocado maiores reações. ( Fonte: O Globo )

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

De novo, currículos demasiado imaginosos ?

Bolsonaro parece ter o condão de escolher para altos postos candidatos que tendem a tomar muitas - quem sabe, demasiadas - liberdades com os respectivos curricula. Dessarte, o desembargador Kassio Nunes Marques apresenta no seu curriculum no TRF-1, a informação de que é "pós-doutor em Direito Constitucional pela Universidade de Messina, Itália, e que possui "postgrado em Contratación Publica pela Universidade de La Coruña", na Espanha. Não é bem assim, consoante informaram a O Globo as citadas universidades. Segundo informam as universidades em tela : o curso italiano foi uma especialização, equivalente a um ciclo de seminários, e o postgrado em Contratação Pública, foi apenas um curso de extensão, que durou cinco dias. O programa foi realizado entre 1° e cinco de setembro de 2014, e teve carga horária de quarenta horas. Nesse sentido, a Universidade de La Coruña enviou ao jornal o certificado de participação no curso. Não há no documento a informação de que se tratava de um curso de pós-graduação lato sensu, como tais cursos são identificados no Brasil. Após os questionamentos de OGlobo KassioNunes Marques informou que o curso de pós-doutorado na Universidade de Messina foi feito com a intermediçaão do Instituto Internacional de Educação Superior queseria correspondente da universidade no Brasil (o que Kassio Nunes não mencionara no currículo público noTRF-1) Não está bem esclarecido no currículo do desembargador Nunes esse particular, tanto que não o menciona no currículo público no TRF-1. A tal propósito, a instituição não possui credenciamento no MEC e, informou ser um "instituto de intercâmbio". Assinala, outrossim, a nota de O Globo que em documentos da Universidade de Messina, a instituição italiana apresenta a atividade em tela como "Curso Internacional de Aperfeiçoamento". Por meio de sua assessoria, o designado de Bolsonaro asseverou que fez o curso na Universidade de Messina, com aulas presenciais no Brasil, em 2017, e a conclusão, em 2018, na Itália. A esse propósito, o IIES informa que o "Programa de Pós-Doutorado será ministrado de forma intensiva em uma semana de duração, durante o qual os alunos participarão dos seminários presenciais de discussão sobre a temática proposta". Sob o signo, portanto, de uma ponderável pressa, o segundo encontro "será realizado na cidade de Messina" e terá "duração de dois dias, para apresentação da pesquisa pós-doutoral". Segundo a reportagem de Juliana dal Piva, Jan Niklas e Bela Megale, no programa do curso italiano, apresentado no site de Universidade de Messina, está descrito que quem concluir todo o programa e for aprovado vai receber "um atestado de participação". O curso é direcionado para alunos que estejam cursando doutorado ou já tenham o diploma. Como a reportagem enfatiza, "ele não é apresentado como curso de "pós-doutorado". Procurada a respeito, a universidade de Messina, de início escudou-se na lei de proteção de dados europeia, e que por conseguinte não poderia falar do caso de Kassio Nunes sem a sua autorização, mas ao cabo, informou que foi um curso de especialização, que tem a validade de um ciclo de seminários e, por conseguinte, foi emitido um certificado - que não possui, como é óbvio, equivalência a um "curso de pós-doutorado". Segundo informa a matéria de O Globo, Kassio Marques também disse haver feito doutorado pela Universidade de Salamanca, na Espanha, e ainda um curso de pós-doutorado em Direitos Humanos na mesma instituição. É de assinalar-se o ritmo dessa trajetória acadêmica: segundo consta na matéria de O Globo "ele defendeu a tese de doutorado há pouco mais de dez dias. Segundo o site da Universidade de Salamanca, ele defendeu no dia 25 de setembro o trabalho 'Política judicial de fornecimento de medicamentos de alta custódia no Brasil em ambiente de crise das políticas de austeridade fiscal: teoria, experiência e perspectivas". A esse propósito, Lorezo Vadell, diretor do programa da Universidade, elogiou a tese de doutorado e disse que foi uma das melhores que teve possibilidade de coordenar, mas acrescentou que não sabia informar "se era possível fazer doutorado e pós-doutorado ao mesmo tempo. No site dessa instituição, não há informação sobre o curso de pós-doutorado em Direitos Humanos que o desembargador Kássio diz haver cursado e que aguarda a emissão do diploma. Nesse contexto, segundo informa a matéria de O Globo, o desembargador não possui currículo na plataforma Lattes, cadastro usado no Brasil por pesquisadores acadêmicos. Por fim, no currículo apresentado no TRF-1, o desembargador assinala que cursou Direito na Universidade Federal do Piauí. Afirma, outrossim, que é mestre em Direito pela Universidade Autonoma de Lisboa (Portugal). Segundo refere nota inserida no artigo de O Globo, o Dr. Kassio acrescenta que "a apresentação de um currículo, portanto, é um ato de boa fé, possibilitando à sociedade conhecer as áreas de interesse e especialização do servidor público". (Fonte: O Globo )

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Trump, o todo-poderoso

Em previsível adivinhação, não arriscaria muito quem viesse a predizer que o irrequieto Presidente Donald Trump não demoraria muito no hospital Walter Reed, em Bethesda no estado de Maryland. Não deu outra. Após três dias em que previsivelmente convulsionaria a rotina desse grande Hospital público, Trump deu uma chave de galão e proclamou-se "curado" da infecção por Covid-19. Hélàs, a realidade trumpiana não detém a força que esse presidente estadunidense - empenhado em titânica luta pela reeleição - presume por si próprio. Assim, as altas médicas não dependem do pessoal técnico e medical que determina as internações em todas as casas de saúde, segundo a normal prática medicinal. Para Donald Trump, o que avulta é a suposta onipotência de seus poderes presidenciais. No seu entender, quem determina da validade e extensão das determinações - que por injunções médico-hospitalares causariam a sua internação - não é a autoridade médica responsável no caso, mas, imaginem! não é outro senão o próprio Trump, que como presidente sequer se sujeita a obedecer a disposições médicas. O comum dos mortais compreende o que justifica tais disposições. Estando em casas de saúde, não é só usual, mas também medicamentalmente compreensivel que quem tenha voz em capítulo seja o médico responsável pelo respectivo paciente submetido aos seus cuidados. A disposição corresponde a um procedimento que atende ao bom senso e ao próprio interesse do paciente. Nâo vá ele - como se dizia - meter-se a fogueteiro, e, em consequencia dispor sobre a própria sorte. Teríamos, se esse precedente fosse respeitado, nada menos que a anomia (falta de regras) nos hospitais. Cada paciente - com os resultados previsíveis faria o que lhe desse na venta, e assim o paciente não se conformaria com a eventual extensão do tratamento... Como Trump se auto-determinou, por seu achismo autoritarista, ele resolveu voltar à Casa Branca, metendo-se no bestunto que já bastava ficar mais tempo no referido grande Hospital - que é famoso nos States pela sua qualidade de atendimento e, por conseguinte, de expectativa de cura para o paciente lá internado. A volta de Trump à Casa Branca - e ao símbolo do poder máximo que ela traz consigo - constitui na verdade outra idiossincrasia perigosa de Mr Donald Trump. Por quê ? Porque ao contrário de o que pensa esse energúmeno, leitor amigo, se atribui essa expressão do blogueiro a alguma ofensa à capacidade do atual morador na White House... Energúmeno é pessoa que Houaiss define em primeira atribuição como (obsoleto) possuído pelo demônio, possesso; em segundo sentido, exaltado, boçal, que grita e gesticula sem sentido. Não é necessário dispor-se de muito sentido de previsão para antever a desordem que uma disposição como o a de Trump - de mandar em casa alheia, como é o caso, pois manda o bom-senso que tem autoridade aquele que é dela investido. Há de imaginar-se, por conseguinte, que qualquer paciente hospitalar deve subordinar-se ao que determina a autoridade da Casa de Saúde. A alta médica não é uma faculdade de que um paciente possa prevalecer-se, como se lhe desse na telha. São ordenações previsíveis, que em geral correspondem ao bom-senso. Ora, não será muito presumir que se possa julgar Mr Trump como alguém de bom senso, que se subordina ao interesse geral, em uma comunidade subordinada a rígidas determinaões técnicas... Para tanto, na maioria dos casos basta o bom senso... Mas o que predomina em Mr Trump é o egotismo e o paroxístico sentido do poder... E tal ocorre por uma decorrência simples e natural: Mr Trump é um forcéné, alguém que se coloca acima dos demais - e não porque esteja eleito presidente, mas em última análise uma criança mimada, um temperamento autoritário que extravasa em larga medida os eventuais limites - que sóem ser ditados pelo bom senso... Quem não o tem, como dele estaja privado, terá de agir em consequência... ( Fonte O Globo )

Grandes Bancos: risco de crise fiscal

Relatórios de grandes bancos alertam para a eventual iminência de uma crise fiscal, diante da falta do Governo e do Congresso em responderem ao risco representado pelo crescimento acelerado da Dívida Pública. Tal avaliação começou a ser retratada, com mais força nos últimos dias, tanto por economistas, quanto por relatórios de grandes bancos nacionais e estrangeiros. Começa, nesse contexto, segundo observações de economistas, quanto de relatórios de banco tanto nacionais, quanto estrangeiros, que dizem com ênfase crescente que adentrou o radar a eventual possibilidade de uma séria crise que envolva a capacidade do Governo Bolsonaro de se financiar. O sinal vermelho de uma certa forma adensou-se com o impasse em torno do financiamento do Renda Cidadã, ideado para substituir o Bolsa Família. O que tende a complicar a coisa é que essa eventual substituição do Bolsa Família tem alcance e valor médio bastante maiores do que o programa social criado na gestão petista para um núcleo de potencial menor que o Bolsa Família. A tensão no mercado se adensou com o impasse em torno do financimento do Renda Cidadã, um eventual êmulo do Bolsa Família, mas com alcance e valor médio maiores do que o programa social criado por LulA DA Silva. O sinal vermelho surgiu com o racha no governo Bolsonaro sobre a pretensa flexibilização do teto de gastos ( regra que proibe que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação ), para tornar factível a acomodação entre vinte bilhões de reais e trinta e cinco bilhões, em novas despesas. Segundo relatório de Banco alemão - o Deutsche Bank - a falta de comprometimento com a contenção de gastos estaria empurrando o Brasil para um "abismo fiscal" (falta de fundos não-inflacionários para atender aos compromissos da dívida). Em finanças libertas de comprometimentos inflacionários não há milagres fiscais... Estrategista-chefe para oS PAÍSEs EMERGENTES do Deutsche Bank, Drausio Giacomelli compara o quadro atual da economia a uma "ladeira". Dessarte, na presente situação "não se pisa no acelerador". Nesse contexto, o que tem aumentado a preocupação dos bancos é a indicação dada pelo presidente Bolsonaro de que deseja gastar mais em políticas de assistência sem fazer uma revisão nos gastos correntes considerados ineficientes. Em um tal contexto, o Itaú Unibanco estima elevação de despesas sociais do Bolsa Família de R$ 33 bilhões para 66 bilhões, o que poderá levar a gastos acima do teto em R$ 20 bilhões em 2021. Tudo isso não passa do resultado muito promissor para Bolsonaro da contribuição estatal para os pobres no Nordeste, o que teve efeitos multiplicativos em termos de popularidade para Bolsonaro naquela região chave para a sua reeleição. O chamado "efeito Lula" ora se volta para o seu êmulo Presidente Bolsonaro, que logo ganhou apelidos favoráveis e perspectivas alvissareiras para o próximo pleito, em que pretende, ao que se comenta, disputar a reeleição. Habituados às perspectivas inflacionárias do mercado, os representantes dos bancos estão compreensivelmente nervosos diante das eventuais perspectivas, em uma economia em que a crise fiscal não é um espantalho de conveniência, sendo bastante possível, tanto pelo caráter rozzo em termos econômicos do Palácio do Planalto, a suposta fraqueza política do Ministro da Economia Guedes, diante das contestações apresentadas pelo Presidente Maia da Câmara de Deputados, e do discurso político de outros líderes políticos próximos a Bolsonaro. À medida que a eleição avulta no horizonte, a inventiva de uns, as longas amizades de outros, e o bom senso da turma que se preocupa em calcular não sobre o imediato, mas também pensar um pouco mais (inclusive nas perspectivas inflacionárias de um país que já comeu em dietaa piores ), tudo isso afinal configura - para expressar-s no idioma adequado - em um prato que pode ser apetitoso, embora a sua digestão tenda eventualmente a apresentar problemas gástricos, para quem não souber mensurar as cautelas respectivas, dados os desafios que pairam sobre o caminho (sem falar nas durrondianas pedras)... ( Fonte: O Estado de S, Paulo ).

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Que fazer de Trump ?

Poucas horas passadas após o anúncio de que ele poderia ter alta ainda hoje, Trump saíu uma vez mais de carro. O escopo do frenético presidente é escapar de qualquer maneira do isolamento. Sôfrego por sua continuação no poder, ele tudo faz para contornar os eventuais empecilhos de uma condição como a Covid-19. Dessarte, o irrequieto presidente saíu do hospital Walter Reed, e no assento traseiro do carro, ele como se fora um expectador de novo na refrega, acenava para populares - como se fossem eleitores. Em outras palavras, mesmo sob o jugo de uma condição que não é tranquila, seja pela idade, seja pelo corpanzil, o irreprimível Trump acena para populares (só vê diante dele eleitores!), e que todo o resto vá para o inferno! Não são capazes de prendê-lo em um saudável lock-down, eis que para Sua Excelência não há o que o demova de algum modo participar de uma ersatz campanha, em que aflorem as irreprimíveis, patéticas características de quem só pensa naquilo, e que tudo o mais, como diria cantor famoso, Vá Para o Inferno! Como um adolescente mimado, Trump só pensa nos seus interesses, e, por conseguinte, não se pode deixar de omitir o refrão, por mais juvenil e desapropriado que seja: e que TUDO O MAIS VÁ PARA O INFERNO ! No seu entusiasmo juvenil, Donald Trump quer - como na toada antiga - é rosetar, espadanar-se na areia, e quem sabe? por muitos em risco, porque Sua Excelência só pensa nele mesmo. Como ele deve pensar - sem alturas filosóficas é claro - que o Inferno são os Outros !! Além de não estar nem aí para as consequências eventuais de um doente idoso brincar de super-homem, saindo no auge do próprio poder- de contaminação - seja de uma suite presidencial no hospital Walter Reed - seja para um passeio anti-ético, salpicado de excessos de egoismo, deixando para trás as inquietudes da equipe médica que viu cair por duas vezes a sua respectiva oxigenação nos últimos dias! -e logo de um paciente obeso que se delicia com o extra-luxo! Pois para repetir uma expressão que lhe vai bem, TRUMP não está nem aí para as consequências dessas suas patéticas aventuras para longe da Casa de Saúde - em que deve sentir-se claustrofóbico, como criança a quem os pais determinem largar os briquedos por causa da doença... A Covid-19, para o limitado raciocíno, do sôfrego e irreprimível Donald Trump, não terá o direito de prendê-lo seja em casa (Branca), seja no Hospital Walter Reed! Assim, a canção básica do nosso eterno cantor continua a valer! Que tudo o mais vá para o inferno! Sem quaisquer considerações éticas e políticas - e, por isso, não cabem travas que lhe embaracem os movimentos - o alegre Trump há de prosseguir, com o aparente juízo de um galo que pensa que tudo lhe é possível! Por enquanto, o relógio implacável dessa corrida semelha permitir-lhe todas as loucuras. Vendo isso o Povão americano engrossa a vantagem de Joe Biden! É de esperar-se que a hora do Circo vá acabar e que o candidato democrata, à frente dessa sua coalizão da Esperança e da Justiça, que como toda votação democrata possa brilhar com a féerica força da vitória afinal do Povão, e venha a levar para muito longe com o poder das grandes manifestações todas as esquisitices de Donald Trump, a quem o partido de F.D. Roosevelt, John Kennedy, Barack Obama e tantos outros - como Hillary Clinton - poderá aposentar de vez ao irreprimível Trump, um eterno emboaba da Política !! ( Fonte: O Globo )

domingo, 4 de outubro de 2020

O arrependimento do governador Witzel

Para relembrar os meus leitores, transcrevo para seu conhecimento, que o governador Wilson Witzel - afastado de suas funções por suspeita de corrupção - agora encasquetou-se - por conta decerto do respectivo isolamento no Palácio Guanabara - que se haveria precipitado ao anunciar que concorreria à Presidência... Permanece, portanto, firme no seu pensamento - ou quase... - que a única motivação por trás dessas andanças jurídicas compulsórias, indo das Secas e Mecas do STJ e do Supremo (com a intervenção do então presidente do STF Dias Toffoli, que lhe preparou um atalho jurídico para o julgamento das causas de sua presente desdita profissional). A "solução" então escolhida foi a de um caminho misto, passando pela ALERJ e pelo Superior Tribunal de Justiça, compondo-se um remédio AD HOC, que não se cingiria apenas aos coleguinhas do Palácio Tiradentes (que já teve no passado as bancadas do Legislativo Nacional Brasileiro) e em épocas mais recentes (ou talvez ontem) a trouvaille da dita rachadinha, de quem conhecemos demasiado os atuais praticantes, a começar pelo clã Bolsonaro, conforme se insiste em propalar. Mas façamos mais curta essa estória da corrupção - esse estranho fenômeno sócio-político que investe (mas não exclusivamente!) às plagas antes heróicas do nobre estado do Rio de Janeiro! O pobre governador Witzel - e a sua esposa! - tiveram decerto pouquíssima resistência aos assédios da Corrupção no antigo Município Neutro, ou até nos tempos da Coroa, em que um marechal se apressara em arrancar do pobre Imperador D. Pedro II, depois de um patético desfile a galope por um dos sólitos batalhões militares, os deveres da Coroa Imperial, repetindo, para vergonha do Brasil mais um golpe militar, ao século dezenove, o que um estadista argentino lamentaria como o passamento da única república latino-americana. Viva pois que então adentrávamos no carrossel do subdesenvolvimento, com a tristeza das suas tropas formadas não para homenagear o velho Imperador, mas para trazer de volta uma cerimônia que tantos dissabores (e vergonha!) traria para a América Latina. Mas voltemos a esse triste caso do governador Witzel e de sua espoconsa. Confrange também que ambos menos se lancem, na verdade de joguem nas enleadas teias da corrupção. Agora o governador afastado dá outras mostras de alienação. Como o seu colega Crivella aceita com os braços abertos os agrados da corrupção. Agora aquele, com o seu rosto amarfanhado vai tentar eleger-se na marra para um mandado de Prefeito. Coleciona tentativas de impeachment, que sua base fiel na Gaiola de Ouro tem conseguido afastar. Agora, o desafio se afigura mais forte para o indômito prefeito, dado o obstáculo do INELEGIVEL ... Será que Crivella e seu grupo lograrão contorná-lo, sequer levantando o lenço branco do impoluto? Quanto ao pobre Witzel, vítima desses paludismos da ambição e não só! chega agora a conjuminar que ao invés das maracutaias mil o que irá afastá-lo do antigo Palácio da Princesa Isabel terá sido a ludicra ameaça com a eleição presidencial, que ele e a pobre esposa terão posto a perder não por faltas nos códigos penal e eleitoral, mas o suposto temor que a sua pretensão terá provocado na pobre mente do nosso atual afastado Governador. Quem sabe a paranóia, ou talvez rasteira ilusão de futuro (malgrado o pasmo da avaliação política) seriam então as secretas causas dos desvios de Suas Excelências? Convenhamos, a notícia veiculada pela primeira página de O Globo para expressá-lo em uma linguagem mais próprio para o corrente nível é Dose pra Leão ! Dessarte, de corrupto a vagar pelos desvãos da Alerj na verdade um injustiçado por esses fementidos da República, sem esquecer é claro o atual morador da Alvorada!... Não nos resta senão exclamar Oh Tempora, Oh Mores ! que este é decerto um dos maiores despautérios que a minha já longa existência hoje me constrange a aguentar! Pois meus queridos concidadões, há limite para tudo! Ao lado do cinismo de Crivella e dos seus guardiões dos pobres Hospitais do Rio de Janeiro, esta última do nosso indômito Governador Afastado constitui dose na realidade letal, no que acena de desconhecimento extremo da indigente realidade em que vive Sua Pobre Excelência... (Fonte: O Globo) Mas voltemos - e depressa! - às agruras do governador

sábado, 3 de outubro de 2020

De Volta

Penso com muita tristeza na minha querida esposa, Ana Maria, que infelizmente não está mais entre nós. Sem embargo, como não dizer que ela permanecerá na minha memória para sempre ! Nós mortais nos preparamos para tais acontecimentos, sempre esperando pelo melhor, mas isto é claro nem de longe significa que possamos ter controle sobre eles. Francamente, fazemos a nossa parte, mas tal não significa que possamos amoldá-los a nosso favor. Falando abertamente, ainda que desejemos ter poder sobre eles,o fazemos com um sem querer, querendo. Por isso, nós nos preparamos para o que venha. Mas como isso poderá assegurar que um casal feliz possa dispor de uma alegre e contínua festa!? Minha muito querida Ana, com toda a sua imensa bondade, não seria poupada pelos ora dístantes, ora próximos deuses. E agora me sinto só, ainda que colimando a companhia dessa grande, maravilhosa Mulher que, com sua etérea presença, emoldura uma Existência. A divindade - que sinto distante - arrebatou para longe a sua bela e alegre presença, ela que sempre para mim seria a encarnação do Bem. É triste, mas com o peso forte da verdade, que com o passar do tempo o próprio fôlego começaria a desvelar-lhe parecença com o seu Pai Geraldo. São as linhas que o destino principia a lançar, e cuja realidade só se vai mostrando aos pouquinhos, como se de uma caixa sedosa e almofadada, um segredo vá tecendo devagar, como alguém que de súbito nos surpreenda com sinais que vá soprando baixo e suave, como se desejasse lançar véu tão diáfano quanto a brisa, que mais insinua do que afirma. Ela vem num sorriso, essa forma, feminina por vezes, que acena com luzes e sombras, e costuma deixar-nos inquietos, o olhar vago e inseguro, que muito diz, mas em frases soltas, que mais parecem acenos de lenço lançados a um viajante no tempo. Para mim virou uma espécie de mantra. Eu deveria ter levado a minha Ana para São Paulo, para que ela escapasse dessa corrente que, na aparência macia e suave, a conduzia para o Nada, que muitos disfarçam em um sorriso. Te lembras daquele livro meu de que perguntei a ti, na algazarra de uma festa, se acaso o tinhas lido? Com um suave, leve sopro e gesto, disseste um Não, que nós dois, já sentindo o Amor que nos uniria, sabíamos que era apenas uma negaça própria de um casal que começava a formar-se... Por isso, não é um lamento vão, quando se sente uma verdade que nos precede no tempo. Por isso mesmo, não temo repeti-lo, o lamento já é uma forma de afirmação, que no pior dos casos guardamos em nosso regaço. Os grandes Amores nós os abraçamos no tempo, e na corrente, por vezes turva, por vezes grandiosa, nos alenta para prosseguirmos em caminhada que pode parecer o signo do desalento para muitos, mas que, como a migalha ou a sobra de uma festa ruidosa, a de soprar-nos o solerte alento de uma outra realidade que é aquela do Amor que vem a ser maravilhoso enigma de uma outra Realidade, que teima contra a miséria humana, gritando bem alto por vezes, malgrado para muitos serão palavras perdidas. E em todo o Amor esta centelha estará presente, se ele for tecido com a seda suave de uma realidade que persiste em mostrar-se tão veraz quanto incômoda...