Pelas estranhas regras que presidem à atual igreja católica estadunidense, existe a possibilidade concreta de que uma parte da direção dessa igreja venha a criar regras que coloquem eventuais problemas para a carreira política de Joe Biden, como segundo presidente católico daquele país que é, na história americana.
Biden identifica-se com o pensamento e a tolerância de Papa Francisco, o que, pelo visto, não semelha ser suficiente para expoentes da linha ultraconservadora, que vem cerrando fileiras com os oportunistas de carteirinha.
Parece que a mediocridade agressiva de seu antecessor lhes seria mais congenial, se medirmos o seu ponto de tolerância no que concerne aos respectivos desmandos desse chefe do Executivo estadunidense, que no triste findar de seu mandato tornara possível a configuração do impossível, vale dizer, o triste e tenebroso fenômeno dessa página turva na história deste grande país que foi a invasão do Capitólio.
O que parece desagradar a tais minorias raivosas e cabeçudas, atrevo-me a dizer, seria a postura confiante da boa governança, desse novel governo democrata, que é voltada para o bem público, e que acredita na capacidade dos cidadãos comuns, e na sua possibilidade de aceitar propostas que há muito dormem na soleira do poder, e, por conseguinte, a de enfim abrir espaço para projetos que tenham a audácia de considerar, em alto e bom som, tudo o que venham a decretar em termos de igualdade plena dos cidadãos americanos e a consequente criação, posta em todas as suas formas, de uma sociedade unida pelo banimento do racismo como o primeiro passo de uma maravilhosa profecia que os fados e a boa governança estão trazendo para o colosso americano.
(Fontes: O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e O Globo )
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