sábado, 19 de junho de 2021

O Catolicismo e Joe Biden

     Pelas estranhas regras que presidem à atual igreja católica estadunidense, existe a possibilidade concreta de que uma parte da direção  dessa igreja venha a criar regras que coloquem eventuais problemas para a carreira política  de Joe Biden, como segundo presidente católico  daquele país que é, na história americana.  

     Biden identifica-se com o  pensamento e a tolerância de Papa Francisco, o que, pelo visto, não semelha ser suficiente para expoentes da linha ultraconservadora, que vem cerrando fileiras com  os oportunistas de carteirinha. 

      Parece que a mediocridade agressiva de seu antecessor lhes seria  mais congenial, se medirmos o seu ponto de tolerância no que concerne aos respectivos desmandos desse chefe do Executivo estadunidense, que no triste findar de seu mandato tornara possível   a configuração do impossível, vale dizer,  o triste e tenebroso fenômeno dessa página turva na história deste grande país que foi a invasão do Capitólio. 

       O que parece desagradar a tais minorias raivosas e cabeçudas, atrevo-me a dizer,  seria a  postura confiante da boa governança, desse novel governo democrata, que é  voltada para o bem público, e que acredita na capacidade dos cidadãos comuns, e na sua possibilidade de aceitar  propostas que há muito dormem na soleira do poder, e, por conseguinte,  a de enfim abrir espaço para  projetos que tenham a audácia de considerar, em alto e bom som, tudo o que venham a decretar em termos de igualdade plena dos cidadãos americanos e a consequente criação, posta em todas as suas formas,  de uma sociedade unida pelo banimento do racismo como o primeiro passo de uma maravilhosa profecia que os fados e a boa governança estão trazendo para o colosso americano. 


(Fontes: O Estado de S. Paulo,  Folha de S. Paulo e  O Globo )

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