quarta-feira, 11 de novembro de 2020
Trump pensa o impensável
O Partido Republicano pensa o impensável, habituado que está às muitas vitórias no tapetão. Eis que, enfurnado na Casa Branca, o ex-presidente Donald Trump julga oportuno pensar o impensável.Terá acaso na lembrança a "vitória" de Bush sobre Gore, por uma mais do que questionável intervenção da Corte Suprema em favor da candidato George W.Bush contra o oponente democrata Albert Gore ?
O caso é diverso no presente, quando Biden obteve a votação necessária para marcar o seu triunfo na disputa contra o candidato republicano Trump, que pleiteava a reeleição.
Dessarte, que o Grand Old Party (GOP), como o Partido Republicano se auto-denomina, se aferre, por intermédio de seu candidato Trump, em pleitear uma incrível vitória no voto eleitoral, quando o sufrágio popular rasgou de par em par o papelão sobre supostas infrações que teria sofrido,na verdade faz parte da cartilha do GOP, que teima em pensar nas vias traversas, com que o Partido Republicano pensa "contornar" a inesperada votação que premiou a candidatura democrata.
O Partido Republicano parece habituado a lograr suas "vitórias" no chamado tapetão, como foi o triste caso da "vitória" de George W. Bush sobre o democrata Albert V.Gore, em votação então da Corte Suprema (então com maioria republicana). Havia na época um impasse no processo eleitoral, o que possibilitou a intervenção da Corte Suprema, que ensejara vitória do candidato Bush que faria, em seguida, e seja dito de paso, um governo desastroso (guerra do Iraque, etc.).
Agora o Secretário de Estado, Mike Pompeo, vem a público afirmar que, segundo o jornal O Globo, "haverá transição tranquila para um segundo governo Trump". Tudo não passa de incríver armação de Trump & Cia., que, à cata da perdida legitimidade, trancafiou-se na Casa Branca (de onde só sai para os jogos de golf).
Enquanto o presidente Joe Biden - ao cabo de elegar-se por votação limpa e inconteste - declara que sua equipe continuará a elaborar as primeiras medidas de seu governo, forma-se dessarte um suposto problema, que é construído pela má-fé da curriola republicana - que apóia a cegueira voluntária de Trump, que depois de aludir a "graves violações" jamais em seguida precisadas, constrói pela própria negativa diante da realidade uma rationale que visa a auto-justificar-se.
Na verdade, os analistas da imprensa vêem na atitude de Trump de "negar a derrota como 'um golpe em formação'. É tosca e não tem qualquer base na realidade. A própria "reação" de Trump, que jamais se serviu de algum argumento válido constitui a própria corroboração de mais uma tentativa republicana de ganhar no tapetão aquilo que perdeu no jogo aberto da política, e da própria reação da Opinião Pública americana, que não caíu nas balelas de Trump, e das supostas graves ofensas que jamais foram sequer colocadas no papel.
Pela sua reação, que é a da realidade democrática, sufragada pelas urnas, o Povo Americano demonstra que passou o tempo das encenações pretéritas, que abriram caminho a triunfos no chamado Tepetão. Esse tempo já passou, o que o candidato Trump e seus poucos mas solícitos ajudantes semelham solenemente igorar. É lamentável, se não fosse de resto vergonhoso
(Fonte:O Globo )
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