O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou a três do corrente que foi diagnosticado com covid. É de notar que o contágio em tela acontece dois meses depois de Fernández receber a vacina russa contra o coronavirus, i.e. a Sputnik V.
"Estou bem, não tenho nenhum sintoma. Apenas essa febre... A prova é que eu contraí, sendo que já recebi as duas doses da vacina e tomo cuidados extremos", disse Fernández ao Clarín.
Como assinala a notícia, ainda ontem (3 do IV) o presidente submeteu-se a um teste PCR que confirmou que a doença está em andamento. Fernández fizera antes o teste de antígeno.
Ironicamente, o presidente argentino foi o primeiro líder a receber imunização contra o coronavirus na América Latina. Com efeito, Fernández cumprira o cronograma de duas doses da vacina Sputnik V, do laboratório russo Gamaleya. Segundo informaram fontes presidenciais, ele tomou a primeira dose no dia 21 de janeiro e a segunda, em onze de fevereiro.
O presidente - que completara 62 anos na sexta, está isolado e explicou, a propósito, que não quis ver muitas pessoas no seu aniversário para evitar reuniões com aglomeração. "Embora eu tivesse preferido terminar meu aniversário sem essa notícia, estou de bom humor..." declarou Fernández.
Consoante fonte do governo platino, estão isolados de maneira preventiva o chanceler portenho, o secretário-geral e o porta-voz presidencial, por causa de terem tido contato com o presidente. Note-se que a Argentina enfrenta uma segunda onda do vírus com uma escalada de infecções. Como se verifica, segundo dados oficiais, esse país de 44 milhões de habitantes, soma mais de 2,3 milhões de infectados e 56.023 mortes pela Covid-19, total bastante menos grave à média de mortes no Brasil, que é desafortunadamente muito superior à argentina.
Em entrevista à CNN, o Instituto Gamaleya, responsável pelo desenvolvimento da vacina russa Sputnik V, respondeu ao tuíte do presidente argentino e reiterou a eficácia da dita vacina. "Estamos tristes de ouvir isso (o anúncio da infecção). A Sputnik V é 91,6% efetiva contra a infecção e 100% eficaz contra casos raros (sic). Se a infecção de fato for confirmada e ocorre, a vacina garante rápida recuperação sem sintomas graves. Desejamos ao (Presidente) uma rápida recuperação", afirmou o Instituto pelo Twitter.
Por sua vez, o médico Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Anvisa, afirmou que em 35 países a Sputnik V ainda não teve aprovação de agências sanitárias. Como assinala o Estado de S. Paulo, o instituto por ela responsável indica que a "Sputnik está aprovada para uso em 59 países e é a segunda no mundo em número de aprovações por órgãos reguladores governamentais."
(Fonte: O Estado de S. Paulo)
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