Diante da repercussão negativa dos planos da equipe econômica de Guedes em congelar aposentadorias e pensões para financiar o Renda Brasil - o novo programa de Jair Bolsonaro para reforçar sua "popularidade" com vistas à reeleição - o Presidente optou por cancelar as discussões sobre o programa, desenhado para substituir o Bolsa Família e o auxílio emergencial - cuja concessão pelo Presidente tanto contribuíra para elevar-lhe a popularidade na faixa da baixa renda (leia-se Nordeste).
Pôr em risco, no entanto, o Bolsa Família e o Auxilio Emergencial - não está nos planos do candidatíssimo Bolsonaro. Ao recorrer ao auxílio emergencial, com o imediato resultado na sua avaliação em terras antes de Lula da Silva, lhe terá decerto aguçado o seu apetite político.
Há no ar um cheiro de inflação. Os rendimentos da Fazenda estão curtos, e o Orçamento não está nem aí para que se pense factível ampliar politicas assistenciais, e que tal possa ser feito de forma indolor.
Os choques com o chefe da área econômica se têm repetido, o que é um mau sinal, sobretudo para o lado do Palácio do Planalto, porque o selo de Chicago não é de desdenhar, e quem sairia perdendo nessa estória não seria o Guedes, mas o lado chapa branca do oficialato.
( Fonte: O Globo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário